Conhecido por interpretar o Super-Homem nos filmes mais recentes da DC Comics –O Homem de Aço (2013), Batman vs. Superman e Liga da Justiça –, o ator britânico Henry Cavill foi criticado nas redes sociais após comentar sobre o movimento #MeToo em uma recente entrevista à GQ Australia. Ele disse que, após o movimento, ficou com receio de flertar com mulheres e ser acusado de assédio.
– As coisas têm de mudar, absolutamente. É importante também manter as coisas boas, que eram uma qualidade no passado, e se livrar das coisas ruins – destacou Cavill sobre o comportamento dos homens.
O ator de 35 anos prosseguiu com seu raciocínio:
– Há algo de maravilhoso em um homem indo atrás de uma mulher. Eu acho que uma mulher deveria ser cortejada e perseguida, mas acho que eu sou tradicional por pensar assim.
Na entrevista para a publicação, Cavill expôs suas inseguranças.
– É muito difícil fazer isso se há certas regras no lugar. Porque é assim: "Bem, eu não quero levantar e ir falar com ela, porque eu serei chamado de estuprador ou algo assim". Então você fica, tipo: "Esquece, eu vou chamar uma ex-namorada, e depois voltar para um relacionamento que nunca funcionou de verdade". Mas é mais seguro do que eu me jogar nas chamas de um incêndio, porque eu sou alguém que está sendo observado pelo público, e se eu flertar com alguém, quem sabe o que pode acontecer? – divagou. – Agora você não pode tentar persuadir alguém que disse "não". É tipo: "Ok, tá bom". Mas depois é: "Ah, por que você desistiu?", e eu penso: "Bem, porque eu não queria ir pra cadeia?" – concluiu.
O posicionamento do ator gerou muitas críticas nas redes sociais. Por isso, Cavill divulgou uma nota nesta quinta-feira pedindo desculpas pelas declarações.
"Nunca pretendi desrespeitar de nenhuma forma. Eu só queria me desculpar por qualquer confusão ou desentendimento que posso ter criado (...) Eu gostaria de esclarecer a todos que sempre tive e continuarei tendo as mulheres no mais alto nível de consideração", disse no comunicado.