Moysés Luiz Michelon, dono da Villa Michelon de Bento Gonçalves, morreu na noite terça-feira (31) aos 83 anos. Eles estava internado no hospital Tacchini, em Bento, e morreu por volta das 20h30min depois de sofrer três paradas cardíacas. O motivo da morte não foi informado. O empresário, irmão de Tarcísio Michelon, proprietário dos hotéis Dall'Onder, também foi presidente da Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale). O local do velório e do sepultamento não estavam confirmados até a noite de terça.
A morte do empresário foi lamentada por autoridades de Bento Gonçalves, que destacaram a personalidade humana e visionária do fundador da Fenavinho e grande incentivador do enoturismo na região.
O prefeito da cidade, Guilherme Pasin, lembrou do legado deixado pelo empresário, que também foi o responsável pela criação da Bandeira e do Hino de Bento Gonçalves, além de ajudar a fundar o roteiro turístico Vale dos Vinhedos. Pasin decretou luto de três dias após o falecimento de Michelon.
— É uma perda irreparável. Ele foi pioneiro em diversas atuações na cidade e, inclusive, foi o grande divisor de águas de Bento Gonçalves. Existia uma cidade antes da liderança dele, e uma completamente diferente depois. O Michelon foi um líder comunitário, que pregava a união de esforços seja na política ou em qualquer outro setor que se envolvesse. Ele deixa um grande legado de desenvolvimento para a Bento. A cidade, o turismo da região, todos estamos de luto — lamenta Pasin.
Para o presidente da Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale), Márcio Brandelli, Michelon deixa uma mensagem de otimismo. Ele também promete seguir com todos os planos já pensados para o Vale dos Vinhedos.
— É uma perda irreparável. Ele foi pioneiro em diversas atuações na cidade e, inclusive, foi o grande divisor de águas de Bento Gonçalves. Existia uma cidade antes da liderança dele, e uma completamente diferente depois
Guilherme Pasin
prefeito de Bento Gonçalves
— Ele foi um pai para muitas pessoas. Com ele não tinha tempo ruim, tudo era motivo para montar estratégias e pensar numa forma para seguir em frente. Tinha um carisma e um poder de liderança sem igual. Nas últimas reuniões que tivemos, ele planejava uma maneira de aumentar a segurança do Vale. Estava lá na cama de um hospital e sempre nos mandando mensagem de otimismo, para seguirmos com o trabalho. Ele foi um incentivador do empreendedorismo e deixa mais do que exemplos sólidos para Bento. Foi uma pessoa extremamente humana e justiça. Só ficam boas lembranças — diz Brandelli, que também é proprietário da Vinícola Almaúnica.
As últimas homenagens ao empresário são prestadas na Sala A da Capela São José. O sepultamento ocorre às 17h, no Cemitério Público Municipal. Michelon deixa a esposa Leonora, as filhas Elisabete e Elaine, os genros Juhaeri e João e a neta Isabela.