O tema do Encontro com Fátima Bernardes desta segunda-feira (30) foi como lidar com a perda de um bebê e uma das convidadas foi a jornalista Renata Capucci. Ela contou que perdeu um filho no oitavo mês da gestação, há 14 anos.
— A minha gravidez foi normal, tinha 30 anos, fazia pré-natal. Era um menino, ele iria se chamar Bernardo. Quando estava com 33 semanas de gravidez, acordei, ele não estava se mexendo, achei estranho. Meu marido é médico, e falei para ele. Fui na minha médica, ela não conseguiu escutar o coração do bebê, então fui no ultrassonografista e, quando ele colocou o aparelho e vimos o coração, eu falei: "O meu filho morreu". Nesse momento, meu mundo desabou — relembrou Renata.
A jornalista contou que foi muito difícil lidar com a perda, porque ela e o marido, Ivo Sternick, já tinham tudo preparado.
— O quartinho dele estava pronto, era da Arca de Noé, cheio de bichinhos. A morte dele foi uma tempestade, um dilúvio.
Felizmente, Renata conseguiu engravidar quatro meses depois.
— Um ano depois dessa perda, ela (a Lili) nasceu. Ela foi o arco-íris, o fim da tempestade.
O medo de perder outra criança deixou um trauma na mãe, que chegou a fazer 19 ultrassonografias na ânsia de ouvir o coração da filha bater. Depois disso, Renata ainda engravidou mais duas vezes e perdeu. Ela engravidou mais uma vez e, então, Diana, sua filha mais nova, nasceu.
A jornalista observou que, assim como sua mãe, que perdeu um menino durante a gravidez, só conseguiu engravidar de meninas.
— Coisas da vida, que a gente não explica — comentou.