Pequenas atitudes para levar alegria a quem mais precisa. Alunos de uma escola de Brasília (DF) estão colando fitas crepe pelo rosto duas vezes por semana para fazer companhia a um dos estudantes, que tem síndrome de Down. A ideia surgiu das próprias crianças, todas na faixa dos 10 anos de idade.
Em entrevista ao G1, a diretora pedagógica da escola, Consuelo Carvalho, contou que Miguel, o menino com a síndrome, vem ao colégio com as tiras coladas no rosto em dias em que faz a fisioterapia, pois estimula o tônus muscular. A partir disso, os colegas ficaram curiosos com as colagens e perguntaram se podiam fazer o mesmo.
— Ele se sente menos diferente, mais incluído, mais aceito — acredita Carvalho.
Leandro Gadelha, pai de Miguel, disse que o uso das fitas foi orientação da fonoaudióloga do filho e que ficou comovido com as imagens da turma.
— Eu fui tomado de uma emoção muito grande porque eu percebi a inclusão acontecendo de fato. Ali a turma tá aprendendo a trabalhar a questão de preconceito, tá aprendendo a trabalhar a solidariedade — disse ao G1.
Uma das características do Down é a hipotonia, em que os músculos ficam flácidos em diversas partes do corpo. A terapia, nesse caso, estimula o fortalecimento.