Renovada, a Spin evoluiu no visual, interior, tecnologia e segurança. A atualização trouxe também aperfeiçoamentos na direção, suspensão e conjunto propulsor que manteve o motor 1.8 aspirado e o câmbio automático. Rodamos 500 quilômetros pelas ruas e estradas gaúchas com a versão topo de linha da Chevrolet Spin Premier 2025 de sete lugares que tem preço sugerido a partir de R$ 149.250.
A atualização visual da Spin remete aos utilitários esportivos Chevrolet e a General Motors garante que cerca de 42,% da carroceria passou por modificações. O capô ficou mais alto e a frente adotou a identidade visual da marca.
O conjunto óptico full LED, o para-choque, a grade, os para-lamas com molduras plásticas e as rodas de liga leve de 16 polegadas são personalizados. Na traseira, a tampa do porta-malas foi redesenhada e a as lanternas em LED têm nova assinatura luminosa.
Interior renovado
O interior chama a atenção pela atualização que valorizou o visual, a ergonomia e o acabamento com materiais de qualidade, macios ao toque e emborrachados. Também pelo revestimento dos bancos, painel e lateral das portas, quadro digital de instrumentos de oito polegadas integrado à central multimídia com tela de 11 polegadas e nova geração do MyLink.
Partida por botão, o novo volante multifuncional tem base reta e remete à Montana. Os bancos dianteiros receberam espuma de múltipla densidade. A tela horizontal de alta definição ocupa boa parte do painel. As duas telas são configuráveis.
Interativo com Android Auto, Apple CarPlay e aplicativos sem fio, o MyLink conta com Wi-Fi nativo, conexão simultanea e entradas USB dos tipos A e C. O ar-condicionado digital conta com dutos de ar para a segunda fileira de assentos. A recarga do celular é por indução.
O OnStar permite a atualização remota de sistemas eletrônicos. Para completar, pelo aplicativo MyChevrolet é possível acompanhar e configurar pelo celular à distância diversas funções do veículo. Também fazer diagnósticos remotos, consultas técnicas e agendar serviços na rede autorizada.
Segurança e propulsão
Os sensores de chuva, crepuscular e estacionamento, a câmera de ré e recursos como frenagem automática de emergência com detecção de pedestre, indicador de distância do carro da frente e alertas de colisão, de saída de faixa e de ponto cego auxiliam a condução e aumentam a segurança.
Com 4,420 metros de comprimento, 1,768 m de largura e 1.699 m, de altura, a distância entre eixos é de 2,620 m. O generoso porta-malas da Spin Premier leva 562 litros com a terceira fila de bancos rebatida ou 162 litros com os sete assentos. O espaço é bom para o condutor e acompanhante e na segunda fila de bancos mas apenas razoável na terceira fica onde acomoda melhor duas crianças.
Nas ruas e estradas
O conjunto propulsor da Spin manteve o motor de quatro cilindros 1.8 aspirado flex e o câmbio automático de seis velocidades que passaram por ajustes. Com de 106 cv e força (torque) de 16,8 kgfm a gasolina, a 111 cv e 17,7 kgfm com etanol, o comportamento da Spin melhorou. Nas ruas e estradas, a dirigibilidade avançou com os aperfeiçoamentos.
A potência e força do motor foi bem distribuída pelo câmbio automático com respostas, principalmente nas retomadas de velocidade, dentro das limitações do conjunto propulsor. Na estrada, com cinco passageiros, a Spin sentiu o peso e as reações foram mais lentas.
O ajuste que deixou a suspensão mais alta melhorou a dirigibilidade. A rodagem nas ruas e estradas nem sempre em boas condições ficou mais fácil como também para superar buracas, lombadas e quebra-molas.
Os aperfeiçoamentos no conjunto propulsor reduziram em até 11% o consumo de combustível conforme os dados da General Motors. Pelo Inmetro, a Spin faz 10,5 km/h na cidade e 13,4 km/h na estrada com gasolina e de 7,4 km/h e 93, km/h, com etanol. Durante nossa avaliação, rodando apenas com gasolina, as médias ficaram de 9,3 km/l a 11,4 km/l na cidade. Na estrada, em velocidade constante de 80 km/h variaram de 14,2 km/l a 17,9 km/l e a 110 km/h de 12,6 km/l a 16,3 km/l.
O isolamento acústico garantiu baixo nível de ruído até em torno dos 100 quilômetros por hora, mas aumentou acompanhando a velocidade.
Conclusão
A Spin 2025 evoluiu. E muito. Renovada, avançou no visual, interior, tecnologia e segurança. A atualização trouxe também aperfeiçoamentos na direção, suspensão e conjunto propulsor que manteve o motor 1.8 aspirado e o câmbio automático.
A atualização qualificou o visual, o interior e o comportamento da Spin. O novo interior remete à irmã, a picape Montana. O painel atualizado com as telas digitais integradas do quadro de instrumentos e do multimídia combinado com o revestimento interno em materiais macios criou um ambiente agradável.
Bom espaço para o condutor e acompanhante, acomoda bem três adultos na segunda fila de bancos e duas banco traseiro. Ideal para o uso diário familiar e para viagens, quando o número de ocupantes compromete o generoso porta-malas.
O conjunto propulsor atendeu as necessidades de um veículo familiar dentro das limitações do motor 1.8 aspirado. Não comprometeu o desempenho, sentiu o peso com cinco ocupantes e deixou a expectativa do comportamento da Spin com o motor turbo 1.2 da Montana.
A direção elétrica garantiu o perfeito domínio da Spin. A suspensão firme sem comprometer o conforto manteve a estabilidade nas ruas e estradas, mesmo em trechos sinuosos, dentro dos limites de velocidade.
Como sempre, na decisão de compra é importante avaliar o uso e o custo-benefício em relação às demais versões da Spin e dos poucos concorrentes do seu segmento.