A nacionalização levou o Tracker para um novo patamar. O utilitário esportivo Chevrolet avançou com recursos que mexeram com o seu segmento. Além do visual renovado, a conectividade, a tecnologia e o conjunto propulsor revigoraram o Tracker. Rodamos 600 quilômetros pelas ruas e estradas gaúchas com um Chevrolet Tracker Premier 1.2 Turbo 2022 que tem preço de R$ 143.890.
O Tracker agrada não apenas quem precisa de um carro familiar com conforto e segurança mas também quem gosta de dirigir. O bom desempenho do conjunto propulsor e a ótima conectividade do MyLink repetiram o comportamento do modelo topo de linha que testamos logo após o seu lançamento, no ano passado.
A jornalista Priscila Nunes, que também testou o Tracker, lembrou que já rodamos com outras versões, incluindo o modelo mexicano, e o utilitário esportivo mais famoso da Chevrolet é um carro que convence de maneira geral e certamente agrada os olhos. Com cinco cores disponíveis, testamos o cinza, a jornalista viu um na cor azul nas ruas e achou lindíssimo.
Conjunto propulsor
O conjunto propulsor garantiu bom desempenho nas ruas e estradas. O câmbio automático de seis velocidades distribuiu bem os 132 cv e força (torque) de 19,4 kgfm com gasolina (133 cv e 21,4 kgfm com etanol) nas rodas dianteiras. Os ajustes da coluna da direção elétrica progressiva e do banco garantiram perfeita posição de dirigir e ampla visibilidade externa e dos instrumentos de bordo, em especial da tela do MyLink.
Ruas e estradas
Na cidade, o crossover foi ágil nas perimetrais, nas arrancadas nas sinaleiras e encarou o transito congestionado. Tudo apenas com o controle da pressão no acelerador. A suspensão eficiente absorveu bem as irregularidades do pavimento, buracos, quebra-molas e valetas sem comprometer o conforto interno. As rodas de liga leve de 17 polegadas com pneus 215/55 R17 ajudaram na estabilidade.
Nas rodovias, tanto na autoestrada quanto nas de pista simples, a potência e a força foram adequados às características do conjunto propulsor, com cinco ocupantes, dentro dos limites de velocidade. Nas rotações mais elevadas, as respostas foram mais lentas mas sem comprometer. A vibração do motor de três cilindros turbo foi mínima, mesmo em situações mais severas. Priscila gostou da elasticidade do motor turbo e da troca de marchas imperceptíveis do câmbio automático.
Condução e consumo
A direção elétrica progressiva garantiu perfeito domínio do Tracker mesmo quando foi mais exigido. Os faróis, luzes diurnas (DRL), os auxiliares de neblina e as lanternas em LED ajudam a visibilidade à noite. Recursos como o alerta de colisão frontal com frenagem automática de emergência e indicador de distância para o veículo à frente aumentaram a segurança e facilitaram a condução em trechos sinuosos ou situações de risco.
O consumo de combustível é uma das virtudes do motor 1.2 turbo. Rodando com gasolina, no trânsito urbano as médias variaram de 11,1 km/l a 14,9 km/l. Na estrada, em velocidade constante ficaram de 15,3 km/l a 20,8 km/l, a 80 km/h, e de 13,5 km/l a 16,9 km/l a 110 km/h.
Interior e conectividade
Acesso por aproximação e partida por botão, Priscila gostou da praticidade do sistema e também do interior do Tracker. Qualificado, em materiais bem acabados e costuras bem feitas. O revestimento em preto e azul com costuras brancas combina material sintético com plástico e detalhes cromados e em preto brilhante.
Volante é multifuncional, o quadro de instrumentos analógicos tem tela digital de 3,5 polegadas colorida e o ar-condicionado é automático digital. Ligada em tecnologia, inovação e conectividade, Priscila elogiou o Mylink, o multimídia com uma das telas mais funcionais que já testamos. As teclas são intuitivas e de acesso e respostas rápidas. O sistema conta também com Wi-Fi nativo.
O MyLink tem tela de oito polegadas sensível ao toque, por controle no volante e comando de voz. Com navegação integrada, o multimídia espelha os sistemas Android Auto, Apple CarPlay, aplicativos sem fio e mostra as imagens da câmera de ré. O Bluetooth permite ligação para dois celulares. A recarga do celular é por indução.
O Gilberto gosta de teto solar e eu considero indispensável, em especial na estrada. O teto solar panorâmico com acionamento elétrico é um diferencial do Tracker. Na hora de viajar em um dia ensolarado, por exemplo, aberto faz a diferença no bom astral das pessoas.
O Tracker compartilha a arquitetura com o Onix e o Onix Plus. Com 4,27 metros de comprimento, 1,79 m de largura, altura de 1,62 m e entre-eixos de 2,57 m, o crossover acomoda bem condutor e acompanhante e no banco de traseiro três adultos, o do meio com razoável conforto. Como a jornalista destacou, o porta-malas tem capacidade para 393 litros, ou seja, podemos carregar três, malas, por exemplo.
Conclusão
O conforto, a conectividade, a tecnologia e o conjunto propulsor garantiram ao Tracker Premier 1.2 turbo ser protagonista entre os utilitários esportivos compactos. Como Priscila lembrou, no momento delicado para o Brasil e o mundo provocado pela inflação e o preço dos combustíveis, o Chevrolet pode ser uma opção interessante no seu segmento. A av avançada tecnologia fez a diferença na hora de dirigir. Como sempre, na decisão de compra deve ser avaliada a relação custo/benefício em relação às demais versões do crossover.