A combinação das linhas de um utilitário esportivo com as de um cupê ficou perfeita no Nivus. Além de bonito, o irmão do Polo avançou no espaço, interior e avançada tecnologia. O VW Play e recursos eletrônicos que aumentaram o conforto e a segurança fazem a diferença. O conjunto propulsor, o mesmo do hatch, garante compartamento discreto e sem pretensões esportivas. Rodamos cerca de 500 quilômetros com um Volkswagen Nivus Comfortline 200 TSI 1.0 Flex que tem preço de R$ 85.890 e, na versão avaliada ,com opcionais, acrescenta R$ 3.520.
A engenharia brasileira da Volkswagen foi perfeita com o design do Nivus. Harmonizou as linhas e deu personalidade ao cupê urbano compacto. Montado sobre a plataforma do Polo, do qual herdou o conjunto propulsor, componentes e detalhes, o carro tem identidade própria como destacou a jornalista Priscila Nunes.
- O Nivus chamou atenção pelo design atual e a bonita cor cinza. Atraiu olhares por onde andamos. Nas ruas, nas sinaleiras ou mesmo rodando, muitos admiravam o carro e faziam sinal de positivo - , recorda.
Os faróis e as luzes diurnas em LED separados pela ampla grade, o para-choque com os faróis auxiliares de neblina e o capô mais alto e largo em relação ao Polo, destacam a frente. A lateral remete ao hatch e, mas além de maior altura do solo, a diferença começa na coluna C, no caimento do teto e nos pneus mais largos. Na traseira, as lanternas em LED são ligadas por uma faixa preta, como ocorre com o T-Cross.
- Os faróis de neblina em LED iluminam o interior das curvas quando o veículo faz uma manobra detectada pelo volante ou sinalizador.
Muito importante à noite em rodovias, principalmente que rodamos pouco ou desconhecemos – lembrou a jornalista.
Avançada multimídia
O interior, com bom acabamento, chamou a atenção pelo multimídia, pelas linhas do painel e pelo volante com o novo logotipo VW. Direção elétrica, o volante multifuncional revestido em couro traz aletas para troca sequencial de marchas. Como sempre foi o sistema de informação e entretenimento que cativou Priscila.
- No VW Play a tela de 10,1 polegadas parece ser maior ainda pelo detalhe em preto brilhante. A ótima visibilidade chamou a atenção, principalmente com a câmera de ré e sensores que facilitaram o estacionamento. A conectividade com o Apple Carplay sem cabo (o Android Auto precisa de fio) foi rápida e intuitiva permitindo espelhar os aplicativos do celular - ,comemorou a jornalista.
A direção elétrica, o volante com regulagem de altura e profundidade e o banco macio com diversos ajustes facilitaram a condução. “Foram importantes as portas USB do banco traseiro para quem estava sem bateria. As saídas de ar-condicionado também melhoraram a ventilação para quem estava atrás” para Priscila que gostou do novo volante, mais leve e sofisticado. Também o porta-luvas, pelo tamanho, e dos vários porta-objetos.
Com 4,266 m de comprimento, 1,757 m de largura, 1,493 m de altura o Nivus é mais alto em relação ao Polo e mais baixo comparado com o T-Cross. O distância do solo de 17,6 m fez no pavimento nem sempre regular das ruas e estradas. O entre-eixos de 2,566 m é o mesmo do hatch. O bom espaço na frente foi reduzido atrás pelo caimento do teto e pelo porta-malas. Acomoda dois adultos e uma criança no banco traseiro.
Nas ruas e estradas
Como Priscila gosta de ir para a Serra e o Litoral, claro que o porta-malas agradou. “ Com bons 415 litros, maior em relação aos 373 litros do T-Cross ou 393 litros do Tracker, cabem malas maiores. Para quem viaja toda hora é útil”, completou sorrindo.
O Nivus repete praticamento o comportamento do Polo. Sem pretenções esportivas, os 116 cv e força de 20,4 kgfm (gasolina) a 128 cv (etanol) combinados com o câmbio automático de seis velocidades atenderam as necessidades do Virtus. Troca de marchas silenciosas, arrancadas e retomadas de velocidade discretas, o cupê urbano rodou dentro do previsto para os seus 1.199 quilos.
A suspensão macia mas firme, ajustada para o conforto sem comprometer a estabilidade permitiu ao Nivus rodar silencioso. O baixo nível de ruído interno permitiu conversar tranquilo. O 1.0 turbo funcionou melhor em velocidades médias e chegou surpreender nas mais elevadas.
Nas cidades, a suspensão superou as ruas esburacadas e, nas estradas, os trechos nem sempre em boas condições. Em rodovias com a BR/290 entre Porto Alegre e Osório foi preciso controlar o acelerador para manter os limites de velocidade.
Na Estrada do Mar, de Osório a Torres, nos trechos mais sunuosos bastou aliviar o acelerador e, quando preciso, os recursos eletrônicos auxiliaram a condução. Além dos controles eletrônicos de estabilidade e tração, o Nivus traz como opcionais os controles eletrônicos de velocidade adapatativo, de frenagem autônoma de emergência e alerta de colisão. “São recursos que ajudam muito em uma viagem mais longa” enfatizou a jornalista.
O consumo de combustível do Nivus ficou próximo ao do Polo 1.0. Com gasolina, o cupê urbano compacto fez médias de 10,1 km/l a 12,2 km/l na cidade. Na estrada, em velocidade constante, as médias ficaram de o Nivus de 14.3 km/l a 18,3 km/l, a 80 km/l, a de 13,5 km/l a 16,3 km/l, a 110 km/h. Segundo a VW, a velocidade máxima do Nivus é de 186 km/h contra 196 km/h (etanol) do hatch.
Conclusão: O Nivus abre o novo segmento dos cupês urbanos compactos com sucesso. Bonito, bem equipado, bom espaço interno, discreto desempenho, conquistará o seu lugar no mercado, inclusive atraindo atuais compradores dos irmãos Polo e T-Cross. O novo Volkswagen deixa a expectativa de como avançaria o seu comportamento com o motor 1.4 de 150 cv.