A atualização do Duster aprimorou as virtudes do utilitário esportivo compacto Renault. O visual externo e o interior foram renovados. O conforto, o espaço interno e a segurança melhoraram.
As modificações mecânicas avançaram, beneficiando o comportamento dinâmico. Rodamos 600 quilômetros por cidades e estradas gaúchas com um Renault Duster Iconic CVT X-Tronic 2021, a versão topo de linha, que tem preço de R$ 87.490, sem opcionais.
O Duster ficou mais bonito por fora e, embora as mudanças não pareçam radicais, tudo é novo. A Renault garante que não aproveitou nenhuma peça externa do modelo anterior. “Montado sobre a plataforma B0+, evolução da base anterior, o utilitário esportivo recebeu reforços estruturais na carroceria, nova arquitetura eletrônica e de direção com assistência elétrica”, enfatizou a jornalista Priscila Nunes.
O utilitário esportivo traz a nova identidade visual da marca com luzes diurnas em LED no formato de C. O para-choque é recortado pela entrada de ar e conta com barra protetora.
O capô ficou mais alto e o para-brisa um pouco mais inclinado. As laterais, a tampa do porta-malas e as lanternas traseiras também são novas.
Interior e tecnologia
O Duster cresceu 47 milímetros no comprimento que passou para 4,376 m; 10 mm na largura, de 1,832 m; e 10 mm na altura, de 1,693 m. A distância entre eixos diminui 1mm e ficou em 2,673 m, o que não modificou o interior que, com a boa largura interna, acomoda bem quatro adultos e uma criança. O porta-malas de 475 litros é o maior do seu segmento, o que, para Priscila, é importante para viagens.
O interior escurecido com o teto preto e a evolução do painel em plástico de boa aparência agradaram a jornalista. Detalhes metalizados, revestimento dos bancos em couro e comandos tipo de avião como do sistema start-stop e das travas das portas valorizaram o conjunto. Os ajustes dos retrovisores foram reposicionados e até as luzes de leitura são novas.
— Acesso por aproximação e partida por botão, a chave tipo cartão que pode ficar no bolso do condutor, direção elétrica e o novo volante multifuncional com regulagem de altura e profundidade atualizaram o Duster. Também renovado, o quadro de instrumentos tem mostradores analógicos separados por tela em LCD. No interior, só senti falta de porta-objetos, que poderiam ser maiores, e de luz na palanca do câmbio à noite — ponderou Priscila.
Os bancos, com novas espumas, revestidos em couro, acomodaram bem o condutor e acompanhante. O ar-condicionado é automático digital e o Duster conta com controle e limitador eletrônicos de velocidade. Ainda com assistente de partida em rampa.
A central multimídia Easy Link com tela oito polegadas sensível ao toque é simples e intuitiva, bem como Priscila gosta.
Com sistemas Android Auto e AppleCarPlay pode ser personalizada e permite até cinco perfis com funções individuais.
— O pareamento de até seis celulares via Bluetooth e fazer duas chamadas pelo sistema ao mesmo tempo é importante, principalmente em viagens com crianças, que podem usar o smartphone para jogarem ou verem filmes e vídeos — acrescenta.
O sistema Multiview facilitou as manobras de estacionamento, principalmente em vagas apertadas. São quatro câmeras – frontal, laterais e traseira – que permitem perfeita visibilidade do entorno do carro.
O uso de aços especiais na estrutura, o aperfeiçoamento da suspensão e o melhor isolamento acústico reduziram as vibrações e os ruídos, que sobem acompanhando o aumento da velocidade e da rotação do motor.
Nas ruas e nas estradas
O comportamento dinâmico do Duster foi garantido pela boa suspensão que ignorou os tradicionais buracos, lombadas, valetas e quebra-molas das nossas ruas e estradas. Dura sem comprometer o conforto, garante perfeita estabilidade.
— Com boa dirigibilidade e perfeita sensação de domínio, o Duster foi confortável e ideal para andar na cidade ou na estrada — elogiou Priscila.
Na estradas, em trechos sinuosos e em curvas acentuadas, a tendência de balanço da carroceria foi mínimo.
E, quando preciso, os controles de estabilidade e tração facilitaram o controle do utilitário esportivo. Mesmo sem tração 4x4, o Duster foi bem na terra e na areia da beira da praia.
Os 118 cv e força (torque) de 16,2 kgfm (gasolina) do motor 1.6 SCe distribuídos pelo câmbio automático contínuo variável e pela tração dianteira foram compatíveis com os 1.279 quilos do Duster. Lento nas arrancadas e retomadas de velocidade e para um utilitário familiar sem pretensões esportivas. O CVT simula seis velocidades e permite a troca sequencial de marchas.
O consumo de combustível na cidade ficou entre 8,9 km/l a 10,8 km/l o fluxo de trânsito. Na estrada, em velocidade constante, as médias variaram de 13,8 km/l a 15, 3 km/l a 80 km/h, e de 10,9 km/l a 14,4 km/l a 110 km/h.
Conclusão
Confortável, espaço interno e comportamento dinâmico adequados, o Duster na versão topo de linha é um típico utilitário esportivo familiar. Como Priscila lembrou, "ótimo para viajar com família e amigos". Fica a expectativa de como será o desempenho, limitado aos até 120 cv pelo motor 1.6 SCe, no futuro quando a Renault adotar o novo propulsor 1.3 turbo de 150 cv em desenvolvimento.