As exportações continuam compensando a oscilação das vendas internas de veículos e puxando a recuperação do setor automotivo. Em setembro foram embarcados 60,1 mil veículos, um salto de 52% sobre os 39,5 mil do mesmo período do ano passado. De janeiro a setembro foram exportadas 566, 3 mil unidades, 55,7% a mais sobre 2016.
Em setembro saíram das linhas de montagem 236,9 mil veículos, crescimento de 39,1% em relação ao mesmo mês de 2016. Na comparação com agosto a queda foi de 9,2% sobre as 260,9 mil unidades produzidas. Os dados revelados pela Anfavea, a entidade dos fabricantes, mostraram no resultado acumulado do ano de 1,986 milhão de unidades, aumento de 27% no comparativo com os primeiros nove meses de 2016.
As vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus cresceram 24,5% sobre o mesmo mês de 2016 e acumulam alta de 7,4% no ano. De janeiro a setembro foram emplacados 1.62 milhão de veículos, 7,4% acima das 1,51 milhão de 2016. Apenas em setembro foram comercializados 199,2 mil veículos, maior em 24,5% sobre as 160 mil do mesmo mês do ano anterior e 8% menor do que as 216,5 mil de agosto de 2017.
Para o vice-presidente da Anfavea, Rogelio Golfarb, que também é vice-presidente da Ford América do Sul, setembro reforça “a visão que o período de contração acabou e entramos em tempos de recuperação”. Mas adverte que é necessário cautela quanto à magnitude deste crescimento. O executivo ressalta que a venda média diária de veículos aumentou, o que representa uma base muito boa. Lembra que saímos de uma fase de contração, a inflação caiu e melhorou as expectativas para o Produto Interno Buto ()PIB) de 2018. O momento estável caminha para o período de recuperação gradual, mas o crédito ainda precisa melhorar. Golfarb destaca que a inadimplência e o endividamento ainda são altos.
Pelas projeções da Anfavea, 2017 deverá fechar com alta de 25,2% na produção, 7,3% nas vendas e 43% nas exportações.