A Ford apresentou uma nova versão do Mustang, totalmente elétrico, que pela primeira vez traz o emblemático logo do cavalo em um veículo utilitário esportivo (SUV). O novo carro, apresentado no fim de semana anterior ao show do automóvel de Los Angeles, mostra a tentativa da Ford de concorrer com carros similares já apresentados pela Tesla, General Motors e outros.
O modelo busca manter a relevância obtida pelo Mustang nos últimos 55 anos em um momento em que os carros tipo Sedan estão perdendo interesse nos Estados Unidos. No entanto, a notícia gerou críticas de fãs dessa marca, que é quase um símbolo da cultura americana.
— A Ford não deveria ter colocado o nome Mustang em seu novo novo carro elétrico Mach-E, mas o fez e o mundo está agora um pouco mais triste por isso — escreveu Mike Sutton da revista "Car and Driver".
Uma das versões do Mustang Mach-E, que estará à venda no fim de 2020, terá uma autonomia de ao menos 482,8 km por carga e poderá atingir em quatro segundos uma velocidade de 96,56 km por hora. O preço de venda será de cerca de US$ 45 mil, que poderão ser reduzidos a US$ 35 mil devido a créditos fiscais para carros elétricos, o que o fará concorrer com o Model 3 da Tesla.
— O Mustang Mach-E rejeita totalmente a noção de que os veículos elétricos só são bons para reduzir o consumo de gasolina — disse Hau Thai-Tang, chefe da divisão de desenvolvimento de produtos da Ford.
Ele afirmou que os consumidores buscam um carro que seja emocionante de dirigir, que se possa ostentar e que se adapte a seu modo de vida.
— E o Mustang Mach-E oferece tudo isso de uma forma inigualável — acrescentou.
O novo modelo evoca os primeiros Mustangs ao manter seu longo capô, o design da parte de trás e suas luzes "agressivas", segundo uma descrição da Ford.