O compacto Kwid acabou de chegar ao Brasil, mas a Reanult já pensa no próximo passo. E esse avanço pode em direção à sustentabilidade: uma versão elétrica, que pode ser o primeiro modelo verdadeiramente popular sem motor a combustão no país.
De acordo com Carlos Ghosn, presidente executivo da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, a versão elétrica do Kwid está em desenvolvimento na China e a montadora tem planos de exportá-lo para Índia e Brasil. Segundo Ghosn, assim como nos países asiáticos, no Brasil é difícil vender os elétricos atuais da gama, como Nissan Leaf e Renault Fluence, que são sofisticados e muito caros nestes mercados.
Embora os protótipos do Kwid elétrico já estejam rodando na China, ainda não há previsão de data para lançamento. O executivo informou que a estratégia é desenvolver plataformas de veículos elétricos que sirvam às três marcas da aliança, o que permitiria alcançar maior lucratividade, por causa do ganho de escala.
O grupo Renault-Nissan-Mitsubishi não é o único gigante do setor que enxerga a China como um enorme potencial para o mercado de carros elétricos acessíveis. A Volkswagen está fazendo algo similar. A diferença, no entanto, é que a marca alemã buscou parceria com uma empresa fora do grupo. A empresa firmou acordo com a JAC para desenvolver um elétrico acessível.
O Kwid brasileiro
Considerado pela Renault como seu próximo carro-chefe no Brasil, o Kwid foi lançado primeiro na Índia. Ele foi concebido como carro de baixo custo desde a prancheta. A base é a plataforma (CMF-A), compartilhada com a Nissan e a Datsun, marca de baixo custo da montadora.
Para o mercado brasileiro, o Kwid foi praticamente recriado pelo time de engenharia da Renault no país, começando pelo reforço da estrutura, que tem 30% de aço de alta resistência. Cerca de 80% das peças são específicas da versão brasileira. O modelo, no entanto, foi convocado para 2 recalls na última terça (21), 3 meses depois do lançamento.