Querendo abocanhar de vez o promissor mercado de scooters no Brasil, a Honda acaba de lançar a SH 150i. Estilosa e cheia de tecnologia, ela é voltada ao público que não é exatamente fã das duas rodas mas percebeu que, com moto, consegue grande economia de tempo e dinheiro. As primeiras unidades já chegaram às concessionárias gaúchas e estão sendo vendidas por cerca de R$ 13,2 mil – o valor sem frete, em São Paulo, é de R$ 12.450.
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Na Europa, o nome SH não é novidade. A pioneira da família foi lançada em 1984, com 50cc, e superou a marca de 1 milhão de unidades vendidas. E, 42 anos, a trisneta desembarcou no Brasil: SH 300i, feita para concorrer com a Dafra Citycom, porém pelo menos 30% mais cara.
Os japoneses aproveitaram boa parte dos trunfos do modelo maior na hora de fazer a 150: tecnologia idling stop, tomada de 12v, smart key, freios ABS e belas rodas de 16 polegadas. Com o lançamento, a fábrica mira a Yamaha NMax 150, mas sabe que não tem como escapar de certa canibalização da Honda PCX 150.
Em relação às rivais citadas, há diferenças que podem ser facilmente percebidas apenas ao subir nos veículos. A principal é na posição de pilotagem: a recém-lançada tem piso rígido, chamado por algumas motociclistas de "chãozinho", que em teoria facilita a vida de quem quer, vestindo saia, conduzir a moto. As outras duas têm tunel central alto, o que deixa a scooter mais estável, mas faz com que as pernas fiquem mais separadas.
Na SH, a tomada de 12v é situada na parte da frente da carenagem e possibilita deixar um celular carregando ou conectar um aparelho GPS. De acordo com a Honda, o motor mais potente que o do PCX e o câmbio CVT permitem rodar em média entre 40km/l e 45km/l - cerca de 20% mais que a PCX. Isso possibilitou que o tanque fosse reduzido em meio litro e, ainda assim, a autonomia alcance 300km.
Outro ponto alto do veículo são os freios, pois ambos, além do sistema ABS, possuem discos de 240mm – na NMax, ambos têm 230mm, e a PCX usa 220mm na frente e o velho sistema de tambor na traseira.
A nova scooter tem tudo para fazer sucesso, sobretudo com quem valoriza segurança e design.
O que são
Idling stop: é a tecnologia vinda de veículos de quatro rodas e já presente na PCX. Permite que o motor desligue cada vez que a moto fique parada por três segundos. E, para religar, basta virar a manopla do acelerador. Na PCX, o sistema funciona de forma precisa e sem trancos. De acordo com a Honda, possibilita uma economia de cerca de 8%, mas o maior apelo é mesmo o meio-ambiente, por poluir menos que os motores convencionais. Mesmo quem gasta um tanque por semana (ou seja, roda 300km) vai poupar, por ano, menos de R$ 100. O sistema pode ser desligado com um simples botão.
Smart key: outro item vindo dos carros. Permite que a moto seja ligada com a chave a até dois metros do veículo – ou seja, o condutor pode levá-la em um bolso. Aumenta a praticidade e, na visão dos japoneses, melhora a segurança – caso alguém fuja com a scooter, assim que parar, não poderá mais ligá-la. Porém, os assaltantes brasileiros já sabem de truques assim (presentes em alarmes) e desenvolveram artimanhas para roubar.
Compare as fichas técnicas:
PCX
Potência:13,1cv a 8.500rpm
Torque máximo: 1,36kgf.m a 5.000rpm
Tanque: oito litros
Peso seco: 125kg
Preço: R$ 10,9 mil
Nmax
Potência: 15,1cv a 8.000rpm
Torque: 1,47kgf.m a 6.000rpm
Tanque: 6,6l
Peso seco: 120kg
Preço: R$ 11,7 mil
SH 150
Potência: 14,7cv a 7.750 rpm
Torque máximo: 1,40kgf.m a 6.250rpm
Tanque: 7,5l
Peso seco: 129kg
Preço: R$ 12.450