Depois de uma ausência de dois meses, quando a Triumph optou por parar de montar a versão 2016 para esperar a chegada da nova, a Tiger Explorer 1200 está de volta ao mercado. E com novidades. A principal delas na versão XCx, mais off-road e com preço de R$ 70,5 mil.
Trata-se de um novo modelo de freios que permite que o condutor use a frenagem dianteira (com vontade) no meio das curvas. Durante o test drive, em estradas do interior paulista e numa pista de terra, na semana passada, o sistema pareceu muito seguro, embora seja preciso um tempo para o condutor se acostumar a usar a medida, até então exclusiva de pilotos de motovelocidade.
O sistema funciona com auxílio da nova Unidade de Medição de Inércia (IMU, ou Inertia Measurement Unit), que faz a medição contínua do comportamento da moto e de seus movimentos, de acordo com a inclinação, esterçamento e acelerações vertical, longitudinal e lateral. Os dados da IMU são utilizados pelos freios ABS e pelo controle de tração, oferecendo ao piloto a melhor frenagem e controle da motocicleta em todos os ângulos.
A XCx conta ainda com suspensão que pode ser configurada pelo piloto (de acordo com a carga), porém agora a traseira é semi-ativa e se adapta ao tipo pilotagem, ao terreno e à velocidade. Um unidade de controle central (CCU, Chassis Control Unit) recebe os dados emitidos pela IMU e os envia a outro sistema, denominado TSAS, que redefine continuamente as configurações de suspensão traseira. Complicado? Pode ser, mas, na prática, funciona bem.
Sem os mesmos freios (apenas ABS) e o novo sistema de suspensão, a versão XR, excelente na estrada mas menos apta ao off-road, sairá por R$ 58, 9 mil. As duas novas versões da Explorer dividem a transmissão por cardã e motor de 139cv . O sistema de escapamento recebeu novo trabalho para auxiliar o desempenho do motor e de quebra ainda proporcionar um som mais agradável.
As duas devem promover uma boa briga com a BMW GS 1200, que domina o mercado nacional.