Quem chega ao Campo de Marte, entre as arenas do vôlei de praia e a do Grand Palais, que agora serve à luta olímpica, se depara com muitos pavilhões de lona que servem para as mais diversas atividades.
Há o da sala de imprensa, o do almoxarifado, um com escritórios e outro que serve como um grande refeitório. No intervalo entre os turnos de jogos, há um grande alvoroço no local.
São centenas de voluntários que vão fazer suas refeições em clima de churrascada de domingo. O sistema é o de buffet com bandeja e alimentação balanceada para todos.
A secada silenciosa de Piu e dos brasileiros
Álisson dos Santos é um atleta que se caracteriza por ser muito veloz e extremamente bem-humorado. Na semifinal dos 400 metros com barreiras, ele não foi uma coisa e nem outra.
Seu tempo de 47s95 não o garantiu como um dos dois primeiros da bateria, e ele precisou que adversários de outras classificatórias não tivessem desempenho melhor.
Deu sorte, ficou com a quarta melhor marca entre os oito primeiros, mas não negou que sofreu. Sentado numa cadeira do Stade de France, com jeito de perplexo, ele ficou absolutamente quieto, secando os concorrentes das outras semifinais.
Aí entra a segunda parte. Já garantido na final, não houve brincadeiras nas entrevistas, bem diferente de Tóquio, há três anos, quando cada manifestação, desde as eliminatórias, era uma festa.
Piu, como é conhecido, não achou alguma justificativa clara para a quebra de um rendimento que foi bem melhor nas etapas da atual Liga de Diamante. O corredor não buscou no tipo de pista, na raia nove (a mais externa) ou na condição do tempo a razão do tempo feito.
Ao seu jeito, porém, garantiu que vai aproveitar os próximos dois dias para se recuperar e que vai "tocar a máquina" na próxima sexta-feira (9).
Bombas na calçada em Paris
No Brasil, quando se fala em "um e noventa e nove" como preço, se pensa em algo barato, talvez de pouca qualidade. Em Paris, 1,99 euro é o preço da gasolina, seja comum ou aditivada. Isto equivale a aproximadamente 13 reais por litro.
Os postos são semelhantes aos do Brasil e do resto do mundo, mas há exceções como alguns que são literalmente na beira da calçada, com bombas colocadas em pleno passeio público. A simplicidade do local de abastecimento não significa preços mais modestos.
A eliminação sem dor do basquete
A eliminação do basquete masculino do Brasil para o timaço dos Estados Unidos foi algo bom para a modalidade. Os jogadores chegaram a fazer pose de despedida.
Perder para os astros da NBA é algo absolutamente normal. Chega a ser honroso o simples fato de enfrentá-los. Com trauma reduzido por não disputar nada além das quartas de final, vale agora haver consciência na problemática confederação brasileira para buscar um caminho mais digno para aquele que já foi o segundo esporte mais popular no país.
A manutenção do técnico Petrovic é uma necessidade.
- Medalha de Ouro: Almir Júnior - O triplista da Sogipa adotou o Rio Grande do Sul como sua terra, ajudou nos resgates nos tempos da enchente em meio ao treinamento olímpico e teve sua merecida compensação. Ele está entre os 12 melhores saltadores do mundo e segue a busca por medalhas em Paris. Mostrou, ao longo do tempo, competência técnica, solidariedade e superação.
- Medalhe de lata: fumantes por todo o lado - Não se trata de antitabagismo radical e a medalha até é subjetiva, mas os brasileiros já não estão mais acostumados ao consumo de cigarros em grande quantidade e praticamente em todos os lugares. Na França, é comum, e nem os 10 a 12 euros (mais de 70 reais) como preço de cada carteira assusta os consumidores.