Todos sabiam que a Seleção Brasileira ganharia de uma Venezuela altamente comprometida pela pandemia e a perda de 15 integrantes de sua delegação, a grande maioria jogadores. Não deu outra. Os 3 a 0 de Brasília foram o primeiro capítulo de uma série cujo resultado da primeira fase é absolutamente conhecido e de fácil obtenção.
Se classificar entre os quatro primeiros de um grupo de cinco sul-americanos, e jogando em casa, é talvez a tarefa mais fácil da história mais do que centenária do selecionado. O técnico Tite e seus comandados, porém, nada têm a ver com isto e precisam aproveitar a barbada da melhor maneira.
O que interessa nesta primeira fase; portanto, é a observação e uma tomada de decisão para o futuro. Já está claro que o esquema tático não é algo fixo e imutável. Tite e sua equipe de assistentes fazem questão de variar até durante as partidas, sem deixar claro para o futuro qual será o modelo preferencial.
Por mais que esta flexibilidade crie ansiedade nos torcedores e nos analistas, a facilidade da missão e o tempo de reunião do elenco a justificam que oportunidades sejam dadas e novidades possam surgir. Isto; entretanto, sofrerá uma cobrança forte, justificada e oportuna quando a Copa do Mundo chegar.
Ganhar a Copa América não pode ser dada como missão obrigatória para o Brasil, mesmo com o gigantesco favoritismo. Ser campeão do grupo nesta primeira fase, porém, está no rol das necessidades inarredáveis.
Se até o final da competição houver, em meio a jogos fáceis e outros nem tanto, a possibilidade de se saber quantas boas opções se têm para o seguimento do trabalho e se há uma melhor, que seja adotada.
Neymar está respondendo muito bem jogando mais como articulador; Fred não pode ser tido como alguém aprovado; Lucas Paquetá mostra evolução, embora Everton Ribeiro tenha melhorado a equipe contra os Venezuelanos; e a disputa na lateral esquerda ainda mostra Renan Lodi como mais produtivo, tudo variando de acordo com o esquema.
O próximo adversário a ser batido é a seleção peruana.