Quem é vice-campeão do Brasileirão com uma campanha que quase o fez vencer o título acaba tendo o ônus de ter seus jogadores assediados por mercados altamente competitivos. O Inter tem tudo para viver esta situação, muito embora os colorados não a considerem de todo negativa.
Não será surpresa, se é que já não existem, se acontecerem propostas por atletas como os garotos Yuri Alberto ou Praxedes. Thiago Galhardo já esteve com um pé no mundo árabe. Patrick é outro que já ouviu especulações sobre uma ida para a Turquia.
Até clubes endinheirados do Brasil viram ameaça, como o Atlético-MG que quer Edenilson. Sempre existe a possibilidade de se perder um titular quando a equipe está bem. São raras as vezes em que o titular tem a possibilidade de ser reposto com qualidade e sem traumas para o time. Os colorados vivem esta situação no gol.
Embora negada pelo empresário do jogador, a possibilidade de saída do goleiro Marcelo Lomba foi especulada dias atrás, estando ele numa lista de pretensões do mercado dos Estados Unidos. Com 34 anos, ele é titularíssimo da equipe colorada, um dos destaques do time no Brasileirão, mas convive com companheiros de posição que poderiam suprir uma eventual saída dele com qualidade que outros suplentes não apresentariam em outras posições. Não se trata de considerar Lomba dispensável, mas se o Inter pudesse escolher um atleta titular para negociar, seria ele.
Perder Marcelo Lomba para ficar com o experiente e ex-titular Danilo Fernandes ou com o prata da casa e muito recomendado Daniel, é um prejuízo praticamente nulo, se comparado, por exemplo, com uma eventual saída de Edenilson ou Patrick, cujas reposições são incógnitas.
Se pensar pelo ponto de vista financeiro, a saída de Lomba não terá a valorização que teria um jovem atacante, por exemplo, mas significaria enxugamento. Além disso, abriria vaga para a promoção de jovens, estagnada há pelo menos três anos. Não se discute a qualidade do titular colorado, mas sim a opção do clube em acumular bons jogadores numa mesma e tão específica posição. Se houver a oportunidade, a diretoria deve, pelo menos, examinar.