Nem parece que o Grêmio venceu e se aproximou da zona da Libertadores no Brasileirão. O jogo contra o Bragantino deu sequência a uma série de cobranças enérgicas que já havia acontecido na Copa do Brasil, diante do Juventude. A diferença é que quem cobrou o técnico Renato Portaluppi teve resposta de dentro do campo, através de sua maior liderança, o volante Maicon, e seu maior talento, o atacante Pepê.
As reações destes jogadores, por mais que venham as tradicionais explicações de que mostram mobilização, vontade ou entrega para o time, estão longe da normalidade. Não foi isso o que se viu nas passagens de Renato no clube desde a primeira em 2010. Há algo diferente, além de um futebol mais pobre do que em temporadas anteriores. É a típica reação de quem se sente acuado por não conseguir repetir o que já fez. Vale para quem orienta e vale para quem joga.
O técnico escalou mais uma vez Robinho e não funcionou. Maicon não rendeu e se desgostou tanto com o desempenho, quanto com a opção do técnico na hora de sua saída. A melhor coisa que aconteceu neste ambiente totalmente diferente do normal no Grêmio foi não ter torcida no estádio. Haveria provavelmente constrangimento.
Foi em meio a tudo isto que, após modificar o time, Renato viu sua equipe melhorar muito com Ferreira, Isaque e Churín, por exemplo. Faltou Jean Pyerre. O que não faltou foi a vitória, a notícia positiva, muito positiva, numa noite de inédita rebeldia.