Estão por ser confirmadas negociações do Inter de que jogadores colorados serão transferidos por venda ou empréstimo. William Pottker poderá ir para a Turquia, e Sarrafiore deve jogar no Coritiba.
No caso do atacante, a transferência é para ser em definitivo, enquanto a situação do meia argentino se mostra uma última cartada colorada com aquele que chegou a ser considerado um prodígio quando foi visto num torneio juvenil, há três anos. Caso as duas transferências se concretizem, o clube terá lucro indireto e, numa delas, até uma renovação de expectativa que está por se confundir com decepção.
Pottker jamais repetiu no Inter o futebol mostrado na Ponte Preta, seja pela marcação de muitos gols ou pela movimentação. Não lhe faltaram oportunidades, nem infelicidade com lesões. Nos últimos tempos, houve um imenso desgaste com a torcida. Buscar numa venda um pouco do dinheiro investido no início de 2017 já é um bom negócio.
O melhor do atacante foi tirado naquele mesmo ano, quando foi artilheiro colorado na Série B, ainda que mostrando muito menos futebol do que o apresentado quando foi goleador do Brasileirão e do Paulistão, sendo escolhido o melhor jogador no Estadual. Vai ser algo bom para todos.
O caso de Sarrafiore é diferente. Se ele for emprestado ao Coritiba, terá a oportunidade de jogar e provar o que no Inter nunca conseguiu. A luta jurídica e o lance de oportunidade dado pela diretoria do Inter no final de 2017 ao contratar o garoto argentino nunca foram compensados. Muitos reclamam que lhe faltaram oportunidades. Quem está dentro do ambiente garante que também houve comprometimento de menos por parte do jogador.
Nas vezes em que esteve no time, ele oscilou muito, embora tenha mostrado técnica e vocação para a finalização. Quando passam dois ou três técnicos por um clube e determinado jogador não é aproveitado, é bom dar crédito aos comandantes.
Deixando temporariamente o Inter, mas com perspectiva de voltar se for bem no Coritiba, Sarrafiore estará provocado a mostrar que é útil e que, com 23 anos, tem tempo para sair e retornar saldando o que está devendo no Beira-Rio: maturidade.
Até agora, o candidato a craque teve a seu favor um sotaque que agrada muito a torcida, algumas boas atuações, mas a desconfiança de que quem o treina e acompanha seu dia a dia. A causa não está perdida. Só depende do jogador mostrar que a aposta de 2017 ainda pode pagar dividendos.