A crise sem precedentes na história recente do Barcelona está muito próxima de consumar um divórcio tido, tempos atrás, como impossível. Apesar de recente negativa, Lionel Messi, se especula como nunca anteriormente, está querendo sair do clube.
Chegado quase como uma criança na Espanha, o maior craque desde Maradona nunca atuou profissionalmente por um clube da Argentina. Milionário, vencedor de todos os títulos interclubes possíveis na Europa, mas com saldo devedor na sua seleção e tendo algumas críticas por parte de seus compatriotas, bem que "La Pulga" poderia dar uma guinada na sua vida para resgatar de fato sua nacionalidade e anunciar a volta a suas origens.
Nascido em Rosário, seu clube na infância e onde começou a jogar foi o Newell's Old Boys. Ele até já manifestou vontade de encerrar a carreira no Barcelona, mas o atual momento pode mudar os planos e permite a qualquer pessoa pensar o nunca passou pela cabeça de ninguém: a possibilidade de um retorno ao seu país acontecer aos 33 anos.
É claro que o futebol da Argentina não tem como equilibrar o custo europeu do melhor jogador do mundo no momento. Não existiria condição de concorrência com qualquer agremiação daquele continente.
Teria de partir da estrela a disposição de ganhar menos, mas crescer ainda mais no local onde nasceu. O desafio, depois da goleada de 8 a 2 sofrida para o Bayern, seria buscar títulos nunca disputados e o carinho que nunca pôde sentir de perto. Raríssimos são os que se submetem a isto.
Não sendo no time de origem, nenhum dos dois grandes clubes argentinos mediria esforços para tê-lo. Boca e River travariam um superclássico histórico fora de campo que mobilizaria toda a Argentina. A escolha seria unicamente de Messi que, retornando a seu país. repetiria algo já feito por Maradona ou Romário.
No caso do brasileiro, há outras semelhanças. Ele também era do Barcelona e gozava da condição de melhor do mundo na hora do retorno para sua pátria. A diferença a favor do Baixinho é que ele já tinha levado sua seleção nacional ao título de uma Copa do Mundo como protagonista, algo que Lionel Messi não conseguiu.
Consciente como sempre demonstrou ser, discreto na vida pessoal, sempre tentando uma aproximação com o país que deixou para trás muito cedo, seria uma hora muito boa para Messi retornar à Argentina. Estaria diante de nova vida em clube e junto permanentemente da seleção, se preparando para sua última Copa do Mundo.
Seria motivo de uma comoção nacional. Não há dúvida de que os argentinos agradeceriam e gritariam a plenos pulmões um de seus lemas mais populares: "Viva la pátria!"