A América vai tremer por duas horas, no mínimo, a partir das 18h deste sábado. E o epicentro será Buenos Aires, mais precisamente o Estádio Monumental de Núñez, palco da finalíssima da Copa Libertadores da América 2018. River Plate e Boca Juniors, os dois maiores porteños, fazem o duelo derradeiro em busca da taça mais cobiçada do continente. No primeiro jogo, empate em 2 a 2.
A igualdade na Bombonera mantém a disputa parelha. Quem vencer, será o campeão. Em caso de qualquer empate, a decisão vai para a prorrogação e, quem sabe, para os pênaltis. Na Argentina, o clássico ferveu ainda mais as paixões. Acompanhe a partida minuto a minuto em GaúchaZH. Os canais Fox Sports e Sportv transmitem ao vivo. E a Rádio Gaúcha abre a jornada às 17h45min.
GaúchaZH convidou dois jornalistas identificados com Boca e River para traduzir a ansiedade que toma conta do país. E de todos que gostam de futebol. Confira:
Emmanuel Serruya: por uma nova época
Chegou o que parecia impossível que chegasse. A partida inconcebível. River-Boca, Boca-River, as maiores equipes da Argentina, com uma rivalidade eterna e conhecida no mundo inteiro, vão se enfrentar no cenário mais importante do nosso futebol: a final da Copa Libertadores da América.
O torcedor do River tem uma oportunidade única. Estamos na Era Gallardo, uma etapa que com o tempo será recordada como dourada devido a suas conquistas e proezas. E agora ficou ao alcance da mão a coroação perfeita.
Vivemos um momento em que a comunhão de uma torcida fiel, que cruza mares e continentes seguindo o Millonario se funde com uma equipe que a representa e a um líder no corpo técnico que transmite à perfeição o DNA do River.
Ganhar a Copa Libertadores na cara do eterno rival é, sem dúvida, a glória perpetuada no coração e na memória de todos, na nossa e na deles. Só um será o vencedor e a história que arrancou no século passado termina neste sábado. O 24 de novembro significará o arranque de uma nova época.
Lucas Goloboff: Vamos, Boca!
Claro está que um River-Boca é sempre uma partida especial, porém precisamente este que vamos viver no sábado é distinto a todos. Estamos vivendo sem dúvidas a partida mais importante de história do futebol argentino, que marcará um antes e depois para os dois maiores clubes do país.
É difícil para qualquer um poder dizer quem vai ficar com o título porque é uma partida onde, desde meu ponto de vista, pouco importará o jogo em si. Preponderará o emocional e quem pude lastimar primeiro o rival. Pela história da partida de ida, a torcida do River parece ter ficado mais conforme com o empate. Será acaso porque definem em sua casa e em sua cancha e um sempre se sente mais forte ali? É compreensível, porém como torcedor do Boca tenho confiança neste time. Em Carlos Tévez, que o torcedor brasileiro conhece bem, e nos demais jogadores de experiência que formam esse grupo.
Eles estão diante de uma possibilidade única de ficar na história do maior clube do continente como já fizeram outros tantos jogadores. Espero que no sábado deixem novamente o clube lá no alto da América e assim conseguir a tão ansiada sétima Copa Libertadores.
É provavelmente a partida mais importante para um torcedor de Boca e River vai viver. Alguns a comparam ao jogo do Boca contra o Real Madrid, em 2000, ou o do River pelo descenso, em 2011. Porém, este será muito mais do que isso. O torcedor, faz um mês, só pensa neste sábado, Nada mais importa, Haverá camisas comemorativas, tatuagens marcando o corpo e tudo o mais que faça referência ao que aconteça no sábado. Desde este lado, só espero que os de Boca deixem o coração no campo como fizeram os jogadores de 2000, 2001, 2003, 2007 e, muito mais tempo atrás, os primeiros heróis de 1977 e 1978. O torcedor do Boca vai apoiá-los sem restrições e a cada segundo. VAMOS, BOCA!