Além de recordes, das faixas e do tão falado modelo de jogo, a passagem de Renato Portaluppi no Grêmio nestes últimos quatro anos é marcada por um forte elemento defensivo. O clube tem aquela que pode ser considerada a maior dupla de zaga de sua história. Nunca a camisa tricolor teve dois defensores jogando junto com tanta qualidade quanto Pedro Geromel e Kannemann. A novidade da última temporada é que o que era excelente ficou melhor. Tudo em função da chegada de David Braz.
Por brincadeira, pode ser dito que o grêmio tem uma "dupla de três" na defesa, onde os titulares são absolutos, mas o suplente preenche sem problemas qualquer uma das vagas. David Braz é a melhor reposição que o Grêmio já teve desde a formação da dupla Geromel/Kannemann. Vale lembrar o pânico vivido pela torcida quando da falta do argentino na final da Libertadores em 2017. O resultado contra o Lanús mostrou que não houve problemas, mas a tensão existia. Igual aconteceu quando Geromel ficou ausente de partidas por causa da Seleção Brasileira. Isto sem falar em outras lesões, liberações ou suspensões dos parceiros.
Se não há tranquilidade absoluta agora, existe a certeza de que a queda de produção quando da perda de um titular da zaga está minimizada. David Braz sabe jogar pelos dois lados com grande eficiência. Além disso, tem boa vocação ofensiva e um temperamento capaz de manter a personalidade que o setor exige, sem excessos. É plenamente justo que a tradição do beijo na taça dado por Geromel e Kannemann, passe a ter um terceiro elemento, caso o Grêmio confirme a conquista do Gauchão. Bem que eles poderiam convidar o Braz.