Com as férias dos jogadores concluídas no período da pandemia e deixando de ser uma obrigação para o verão, o futebol tem encaminhada sua ordem a ser seguida quando da retomada das atividades. O problema é saber quanto tempo ainda vai demorar, mas é possível fazer uma projeção do que começará antes e o que ficará para mais tarde. A grande incógnita fica por conta da Libertadores e as condições diversas e particulares nos países sul-americanos. No Brasil, dá para apostar em retorno, pela ordem, dos regionais, da Copa do Brasil e o início do Brasileirão.
O Gauchão vai terminar, conforme garante a Federação Gaúcha de Futebol. No campo, em três rodadas, estará encerrada a fase classificatória e depois se saberá se o Caxias terá adversário numa decisão. É logico esperar que haja concessões para os jogos que faltam. O bom senso manda reabrir inscrições para novos jogadores e até estudar a possibilidade de não haver rebaixamento. A excepcionalidade permite tal alteração que entraria nos "casos omissos", sempre presentes nos regulamentos e passíveis de acontecer por autorização do Conselho Técnico da competição. Não é de se acreditar que alguma agremiação venha a se opor a tal mudança, deixando para 2021 uma pequena adaptação de tabela para uma disputa com 14 times. Mas o ano que vem é outra conversa, talvez bem complexa. Importante é solucionar o futuro mais próximo, mesmo que não se saiba o quão imediato ele será.
Voltando nosso campeonato de onde parou, a rodada prevê Gre-Nal, Ca-Ju e Bra-Pel, num simbolismo do acaso, ainda que tenhamos a certeza da e que os portões estarão estrategicamente fechados para os torcedores. Será uma necessidade, mais uma, antes da normalização total. Possivelmente os jogos dos estaduais acontecerão ainda sob os efeitos da longa parada dos profissionais. Não é de se acreditar que haverá um tempo adequado para uma "pré-temporada" com mais de 15 dias. O que acontecerá serão as partidas oficiais, servindo ainda como preparação para se chegar a um estágio físico e técnico bom apenas quando começar o Brasileirão ou na volta da Copa do Brasil.
Não se espere e não se cobre a plenitude na qualidade do espetáculo no dia em que o futebol voltar. O recomeço, sabe-se lá quando, será de um patamar muito baixo em comparação ao normal, mas o que interessará será o desafogo das emoções.