Muitas vezes Tite já revelou que conversa com os jogadores para saber como eles estão atuando em seus clubes para reproduzir um melhor desempenho na Seleção Brasileira. Há, no entanto, dois casos na equipe atual em que o técnico quer que os atletas esqueçam o que estão fazendo em seus times. A ordem para Arthur é jogar como fazia no Grêmio e para Philippe Coutinho atuar tal qual nos tempos de Liverpool.
No caso do volante do Barcelona, a maneira de jogar no clube é mais adiantada, buscando as ações ofensivas. Na opinião da comissão técnica da Seleção, se Arthur ficar mais atrás, com um pouco mais de atribuições defensivas, ele ajuda o time na armação e facilita as subidas de Daniel Alves.
Em relação a Phillippe Coutinho, a ideia é dele retomar a função que tinha quando jogava na Inglaterra e que em Barcelona se tornou difícil. Pelo Liverpool o brasileiro era o centro do time e aparecia pelo meio para finalizar. No Barça ele já jogou em muitas posições, não se fixando em nenhuma, mas tendo seu momento menos instável quando esteve aberto pela esquerda. Tite o quer hoje como Jurgen Klopp o utilizava.
O comandante do Brasil não tem a preocupação de que estes dois jogadores estranhem em voltar a jogar como não estão mais fazendo. Existe algo que os técnicos chamam de "memória tática" e a comissão brasileira garante que ambos têm muito desenvolvida.
Arthur é indispensável ao projeto de time brasileiro. Phillippe Coutinho, se recuperando, pode ser uma segurança para momentos como o atual, onde não se tem Neymar.