A definição de Gre-Nal na final do Gauchão acaba com um intervalo de quatro anos desde a última decisão em clássicos. Com a proximidade do fim do campeonato, vêm aí as eleições que premiarão seus destaques. Por certo, a predominância de Grêmio e Inter acontecerá num nível maior do que nos anos mais recentes em que um deles esteve fora das finais.
O fato marcante, porém, é que a dupla Gre-Nal variou muito as escalações e, numa primeira análise, é possível que o "craque" do Gauchão seja algum atleta oriundo dos chamados times alternativos, especialmente no caso do Grêmio.
Se o Tricolor for campeão, mesmo que haja jogadores consagrados e de seleção, como Everton, Kannemann ou Geromel, os jovens Matheus Henrique e Jean Pyerre tiveram presença mais marcante no campeonato. Agora encaminhados como titulares de Renato Portaluppi, os dois jovens meio-campistas terão uma disputa interna, se o título for gremista.
No Inter, a situação é um pouco diferente. Mesmo com o time de Odair Hellmann rendendo em média melhor quando utilizou reservas, há um jogador que, desde o ano passado tornou-se protagonista nas competições.
O uruguaio Nico Lopez é a grande individualidade colorada da temporada, mesmo que Edenilson e Marcelo Loba estejam muito bem. Quando a equipe suplente foi usada, os resultados foram bons, mas o que chamou mais a atenção foi o espírito coletivo.
Até que se decida o Gauchão, e as finais têm o poder de mudar tudo, Matheus Henrique, Jean Pyerre e Nico Lopez são "os caras" da competição.
