O Grêmio mostrou no ambiente gelado e molhado de Mendoza que não rejeita jogo duro. Ramiro marcou cedo o gol da vitória. Com vantagem no escore, o Grêmio foi sustentando o resultado até que, aos 31 minutos do segundo tempo, Marcelo Grohe fez uma grande defesa. O lance marcou uma mudança no jogo que se manteve até o minuto final.
O Godoy Cruz, que era dominado, passou a jogar como jogam, quase sempre, os times argentinos. Quer dizer, começaram a bater com vontade. Vendo que não conseguiria impor o seu bom futebol, o Grêmio aceitou a proposta argentina. Passou a jogar como se joga em determinados jogos da Libertadores.
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Os argentinos aumentaram a pancadaria, e o Grêmio foi aguentando até que o árbitro encerrou a guerra. Empate já seria bom resultado, mas com a vitória o Grêmio trouxe significativa vantagem para o jogo decisivo, na Arena.
Kanemann foi mais argentino que todos os argentinos que estava em campo. Mas pertenceu ao Marcelo Grohe o troféu de melhor jogador da partida. Fez três defesas espetaculares e contagiou o seu time.
Além de superar a garra e a catimba do Godoy Cruz, o Grêmio precisou ignorar o gramado pesado e a chuva que não deu trégua um único minuto. Foi mais do que uma vitória. Foi um grande resultado. As oitavas, desta vez, estão quase ultrapassadas.