Dentro de 30 dias, no máximo, o caso dos e-mails falsificados será julgado no STJD. O auditor do tribunal, encarregado de investigar o caso, não conseguiu ouvir pessoas ligadas ao Inter, entre elas o ex-presidente Vitório Piffero, porque todas se negaram a falar alegando problemas particulares. O auditor, furioso, voltou para o Rio de Janeiro e garante que não ouvirá mais ninguém.
Ao mesmo tempo, permitiu que vazasse a informação de que o e-mail saiu do México, do clube Monterrey, que era proprietário dos direitos federativos do zagueiro Vitor Ramos. Depois aterrissou em São Paulo, onde foi parar na mesa de um empresário de futebol. Dali foi transferido para um advogado paulista, que o enviou para Porto Alegre, penúltima etapa da viagem que terminou no Beira-Rio. Por último, foi anexado ao processo - e o resto da história é conhecido.
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O caso é tão complicado que torna possível suspeitar que o Inter e o STJD estejam se guiando por duas estratégias. O tribunal, encontrando dificuldade para responsabilizar o Inter, declara-se impotente para apurar o caso diante da teia de fatos que cercam o e-mail e encerra o processo sem indicar réu. Já o Inter, não comparece aos convites para oitivas e mantém-se afastado do caso, nesta fase final.
Conclusão: não tem culpado e tudo acaba em torno de uma suculenta pizza. Muita confusão? Sim, muito mais do que parece.