O futebol brasileiro tem se transformado nas últimas temporadas. A chegada da SAF no país está gerando um debate importante sobre os modelos tradicionais de gestão dos clubes. É um tema complexo.
Aderir a esse modelo pode ser um grande acerto e, na mesma medida, um erro prejudicial para o futuro das instituições. Por conta disso, é preciso entender qual formato se encaixa melhor para cada realidade especificamente.
Desta forma, fica mais fácil tomar qualquer tipo de decisão e escolher o caminho a ser percorrido administrativamente.
No caso do Rio Grande do Sul, estamos atrasados em relação ao tema. Não acredito em uma medida definitiva a curto prazo. Porém, é importante trazer esse debate para dentro dos clubes.
Times importantes no cenário nacional estão se rendendo aos mais diversos modelos de SAF. Além disso, essas equipes estão chegando ao mercado com um poder de investimento relevante.
Ainda não vejo os dirigentes tratando disso com uma linguagem didática ao público. O torcedor, no geral, não entende o debate e como isso pode ajudar ou prejudicar o clube.
Esse tema precisa estourar a bolha dos entendedores de futebol. A impressão é que o assunto SAF é monopolizado para um grupo específico de pessoas. Mas as ideias precisam chegar ao pátio do estádio.
É muito superficial falar que “o clube vai ter um dono e a partir disso o torcedor não terá mais voz”. Porém, acreditar que “a partir de agora teremos muito dinheiro e vamos contratar os melhores jogadores” não condiz com a realidade.
Atualmente, o mais importante não é definir para que lado iremos nos próximos anos. A questão é estar atualizado em relação ao tema e ter condição de debatê-lo.
Por enquanto, a SAF ainda é um tema embrionário. E precisamos estar preparados para quando essa avalanche chegar de forma definitiva. Decisões tomadas com pressa e desespero não são as melhores.
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