Se o Inter antes tinha um compromisso seríssimo com seu torcedor no Gauchão, as obrigações do clube se intensificaram após a eliminação. Agora, é dever do clube ao menos passar em primeiro lugar na fase de grupos da Copa Sul-Americana, pois os adversários são os mais fracos do continente.
Não gosto de criar cenários de "obrigação". O futebol é muito nivelado e fica difícil cravar um resultado antes de um campeonato. Porém, podemos trabalhar com o mínimo. No caso do Colorado, trata-se de passar pela fase de grupos da competição continental, onde enfrentará Real Tomayapo, Belgrano e Delfín. Infelizmente, o desempenho atual do clube traz um pouco de desconfiança por parte do torcedor.
É preciso acabar com essa normalização de fiascos no Beira-Rio. Automaticamente, em momentos decisivos contra equipes fracas, parece que algo de outro mundo tira toda personalidade do time. E não importa o elenco, do fraco ao mais forte. Se tornou uma questão psicológica. Não é possível que seja coincidência que esses casos se repitam com tanta frequência.
O presidente Alessandro Barcellos fez sua parte. O dirigente contratou tudo que o elenco precisava para tornar o Inter competitivo em qualquer competição. Porém, ainda está na conta dele que o clube conquiste títulos na atual temporada. Ele está há muito tempo no comando e precisa tirar essa marca ruim do seu currículo.