A estratégia do Inter para o Gauchão está definida. Poupar os titulares - e dar rodagem aos jogadores do banco de reservas nas partidas fora de casa - é o método ideal de acordo com o técnico Eduardo Coudet. Não é um absurdo. Inclusive, é importante entender o potencial de todas as peças do grupo e não colocar os profissionais em risco de lesão logo no ponto de partida da temporada.
Claro que existe uma grande diferença técnica entre titulares e reservas. Quando o treinador escolhe poupar os seus melhores jogadores, ele sabe que diminui a probabilidade do resultado positivo. É um risco assumido. Ainda me surpreende a dificuldade do time reserva em superar os adversários do interior do estado, mas a derrota em Bagé traz uma reavaliação dessa estratégia.
Será que não é o momento de apostar em um time menos descaracterizado nos jogos fora de casa? Mesmo sendo importante testar todas as alternativas, o Inter tem que fazer campanha no Gauchão. Pontuar e ficar na primeira posição é essencial para trazer tranquilidade ao torcedor e conseguir vantagens na reta final do campeonato estadual.
Concordo com Coudet, de que o Inter ainda esteja em uma etapa de adaptação. Não existe terra arrasada. Os titulares parecem estar no caminho certo para encontrar o futebol ideal. Isso é tão verdade que quando entram na partida conseguem reverter o cenário completamente a favor do Inter. O elenco formado é muito bom. Porém, ele não garante um grupo com dois times de alto nível.