Quando o assunto é futebol, existem poucas unanimidades. Normalmente terá alguém para discordar daquilo que, para você, é óbvio. Talvez, se não fossem os argentinos, Pelé seria uma das únicas unanimidades do futebol. Mas alguns dos nossos vizinhos da América do Sul acreditam de verdade que Maradona foi superior durante a história. Eu sei, para mim também é absurdo enxergar dessa forma. Como colocar alguém na mesma prateleira que um tri campeão da Copa do Mundo? Paciência. O futebol é assim e continuará dividindo opiniões.
Se nem o rei do futebol escapa desse cenário, o que resta para os meros mortais? O Inter atualmente é completamente dividido. A eleição que tivemos recentemente não teve um resultado elástico entre os candidatos. Ficou comprovado que o ambiente interno e externo do clube está passando por uma polarização. Lado A contra lado B. Quem sai perdendo com tudo isso é o próprio clube. Não lembro algum momento da história do Inter onde fomos vencedores com a política fragmentada.
É normal pensar diferente. Acontece que esse processo deve acontecer de uma forma que ajude o Inter a ser reconstruído e não continuar passando dificuldades por conta de péssimas administrações do passado. Se o objetivo não é exclusivamente o poder e, sim, voltar a vencer, ideologias, preferências e alianças precisam ficar de lado nesse momento.
Estar disposta a ajudar não anula a vigilância e postura de cobrança em relação a atual gestão. Essas duas coisas não andam juntas. Criticar de forma construtiva e trabalhar para que o comando mude no futuro é legítimo. Mas minar o ambiente e tentar desestabilizar a relação da torcida com o time não é o melhor caminho. No final das contas tudo reflete nas quatro linhas. E para que as coisas aconteçam no gramado, precisamos que o mecanismo por trás dele esteja afinado.