Algumas coisas são básicas para o futebol. Mesmo que a qualidade técnica seja o ponto mais importante dentro do contexto de uma partida, ela faz parte de um cenário composto também por competitividade. Ser competitivo em alto nível pode, em alguns casos, equilibrar confrontos entre desiguais.
Contra o River Plate, na Argentina, o Inter foi extremamente competitivo. No papel e na prática, a equipe de Buenos Aires é superior ao Colorado. Eles vivem um ótimo momento e estão entrosados. Por outro lado, nós ainda estamos buscando um rumo para temporada. Mas por qual motivo o time treinado por Eduardo Coudet não conseguiu manter o ritmo no segundo tempo?
A resposta para o declínio vermelho dentro do jogo está na preparação física. Infelizmente, o Inter vive uma bagunça nesse quesito. No fim da última temporada trocou o profissional responsável pela área, na metade do outro contratou ele novamente por um salário mais alto e agora conta com o preparador que pertence a comissão técnica de Coudet. Não tem como dar certo.
Para ser competitivo e evoluir tecnicamente é preciso ter pulmão. Futebol se faz com fôlego. Os jogadores colorados não conseguem correr e isso é um problema grave em uma partida de alto nível, principalmente na Libertadores da América. O Inter precisa mudar de forma emergencial para que consiga resistir até o final do ano.