A forma como o Inter empatou o confronto com o Nacional foi melancólico. Na mesma medida que um gol no final do jogo é emocionante, falhar no apagar das luzes e ver o adversário marcando é horrível — mesmo que isso acabe custando apenas um empate.
Para que isso não aconteça, é importante ter concentração ao limite e malandragem. Sim, ser malandro na medida certa pode garantir o resultado em jogos como o da última quarta-feira (3).
Faltou ao Inter entender a Libertadores e assimilar porque ela é tão complicada. Quando o rival não tem qualidade aguçada, ele compensa na vontade/determinação. O Nacional fez isso. Se analisarmos o desempenho das equipes dentro dos 90 minutos, o Inter deixou de ganhar, e os uruguaios escaparam. E podemos tirar isso de positivo da última partida.
Em alguns momentos, no último mês, mesmo vencendo, a equipe deixou de agradar na atuação. Alguns preferem vencer por mais que o time não convença. O problema é que isso acaba maquiando os problemas e sendo prejudicial lá na frente. E, certamente, será necessário desempenho para conseguir vencer os confrontos mais complicados das competições.
No último jogo, o time teve lampejos que há muito tempo não aconteciam. Envolveu o adversário e criou grandes oportunidades para marcar — faltou qualidade no desempenho individual para concluir. Diferentemente dos outros jogos, o Inter foi lúcido nas ações ofensivas e mostrou saber o que estava fazendo. A torcida é para que isso se repita. Com continuidade naquilo que deu certo, a tendência é que o grupo seja mais consistente e linear dentro dos confrontos.