Após a goleada na estreia, o Brasil terá pela frente o confronto mais complicado desta fase de grupos da Copa do Mundo, diante da França. Além do potencial técnico, a Seleção irá encontrar uma adversária que chega precisando da vitória para não se complicar na classificação.
Os números do retrospecto entre os times e o nível das atletas que estarão do outro lado ajudam a entender a dimensão da dificuldade que as comandadas de Pia Sundhage terão de superar. Neste sábado (29), será a 12ª partida oficial entre as seleções. O retrospecto aponta para um amplo domínio das francesas: em 11 jogos, são seis vitórias das adversárias e cinco empates.
Peyraud-Magnin, goleira
Titular absoluta da seleção francesa, Peyraud-Magnin chega para o seu segundo Mundial após uma temporada de destaque na Juventus. Segundo dados do clube, em 11 dos 30 jogos na temporada 2022/2023 passou sem sofrer gols. Das 105 defesas, 69 foram dentro de pequena área e 36 na grande área. Entre suas características, destaca-se pelo posicionamento e saída de bola.
Wendie Renard, zagueira e capitã
A dúvida sobre a situação clínica da zagueira e capitã da França pode trazer benefícios ao Brasil. Estamos falando de uma atleta que se destaca pelo bom rendimento defensivo e ofensivo, sendo uma das melhores cabeceadoras do futebol feminino mundial. Com uma alta capacidade de leitura de jogo, antecipação, Renard dá solidez à defesa da equipe. No ataque, é um perigo constante. Com a altura de 1,87m, está na defesa adversária em todas as bolas áreas. O aproveitamento é extremamente positivo: são 37 gols marcados em 142 jogos.
Grace Geyoro, meio-campista
Um dos principais nomes do elenco do PSG, Geyoro virou uma peça importante para o meio-campo da França. Suas principais características dizem respeito à interceptação de jogadas e auxílio na construção do ataque. Durante a disputa da Primeira Divisão da Liga Francesa, foi titular em 18 dos 21 jogos. Nas disputas de bolas vencidas, apresentou um aproveitamento de 62% e recebeu apenas um cartão amarelo. No ataque, além de cinco gols, contruibuiu com duas assistências e somou 85% de aproveitamento nos passes certos no campo ofensivo.
Eugenie Le Sommer, atacante
Aos 34 anos, a jogadora do Lyon é a maior artilheira da França com 88 gols marcados. Apesar de ser escalada como centroavante, aparece bastante pelos lados do campo, especialmente o esquerdo. É conhecida pelo toques rápidos na bola, mas também tem como atributos o aproveitamento em bolas longas. Durante a Primeira Divisão da Liga Francesa, marcou dois gols com a perna esquerda e cinco com a direita.
Hervé Renard, técnico
Aos 54 anos, o treinador foi contratado no início do ano para substituir Corinne Diacre, demitida pela federação francesa depois de problemas de relacionamento com as atletas. No ano passado, ele comandou a Arábia Saudita na Copa do Catar e teve com principal resultado a vitória sobre a Argentina. No currículo, também soma o bicampeonato da Copa Africana de Nações, com a Zâmbia em 2012, e com a Costa do Marfim em 2015. Este é o seu primeiro trabalho no futebol feminino.