A torcida nunca deixou de cantar, mas durante o jogo contra o Cruzeiro as vozes da arquibancada do Beira-Rio tinham um tom de confiança no time.
A presença de D’Alessandro no gramado, acompanhando o aquecimento e saudando a torcida, foi um aspecto positivo, sem dúvida. Mas se o time não conseguisse jogar bem e a vitória não viesse, a desconfiança permaneceria na arquibancada. O resultado foi importante, claro, mas a atuação do time convenceu quem foi ao Beira-Rio.
No jogo contra o Palmeiras, eu estava na arquibancada. Não faltou apoio da torcida, mas a desconfiança, mesmo quando estávamos à frente no placar, era muito grande. Parece que a gente sabia que o gol de empate viria. Contra o Juventude, novamente a torcida ajudou, mas nem mesmo o gol de rebote no pênalti do Tabata trouxe segurança.
Nesse domingo (25), mesmo estando na cabine da Gaúcha, eu pude sentir que a energia das arquibancadas era diferente. A torcida botou pra fora um grito sem desconfiança. Vibrações seguras de quem viu um time com raça e com qualidade. No campo, identificamos evolução coletiva e afirmações individuais.
Quando se consegue isso, a confiança volta. Time e torcida nunca tiveram sucesso quando caminharam separados. Foi a melhor partida do Inter jogando em casa no ano, sem contar jogos do Gauchão. Mas essa consistência precisa se repetir nas próximas rodadas.
Vamos para dois jogos fora de casa. Depois, teremos o Cuiabá, no Beira-Rio, onde já somamos duas vitórias consecutivas. As coisas estão se ajeitando para que tenhamos um final de ano digno.