Escrevi aqui, após o empate com o Tomayapo, que Coudet já soma elementos suficientes que justificariam a sua demissão. Mas ele só sairá se quiser, ao menos até o jogo contra o Bahia no sábado (13), quando a pressão poderá ficar insustentável se o Inter não vencer.
Ele poderá amenizar essa pressão e diminuir o risco de demissão se adotar uma medida imediata na escalação do time: apostar em um time mais vigoroso e com a presença de jovens da base.
Beira o absurdo o que ele fez com Gustavo Prado na última quarta-feira (10). O meia, que havia jogado bem contra o Juventude, em Caxias do Sul, ainda na primeira fase do Gauchão, e que entrou muito bem contra o Belgrano, em Córdoba, foi chamado para entrar somente aos 44 minutos do segundo tempo.
Prado pode ser o meia central ou ocupar o lado direito na segunda linha do meio. Tem vigor, habilidade e força. Mas a melhor característica é a personalidade. Não se esconde do jogo e merece uma chance diante da torcida.
É preciso dar ainda mais juventude ao coração do time. Bruno Gomes devolveria um pouco de intensidade ao setor de meio-campo. O Inter perdeu força de pressão na retomada de bola no campo adversário. Além disso, ele tem bom chute de fora da área e bom passe curto.
No treino desta quinta-feira (11), Gabriel Carvalho, de 16 anos, esteve presente. Entendo que é muito peso substituir Alan Patrick sem ter feito uma partida sequer entre os profissionais. Mas por que não relacioná-lo para a partida? Seria uma atração e tanto ter ele no banco de reservas.
Não vai faltar gente para dizer que essa é a hora dos “cascudos” e que esse jogo, por conta da pressão da torcida, poderá “queimar” os jovens. Não vejo assim! Acredito que a torcida irá pegar leve com os mais jovens, e o time não deixará de ter jogadores mais experientes. Mas não pode ter só os experientes. Na zaga, Fernando traria mais tranquilidade aos jovens. E lá na frente, passou da hora de Borré mostrar a que veio.
Um time com Rochet, Bustos, Vitão, Fernando e Renê; Thiago Maia, Bruno Gomes, Mauricio, Gustavo Prado, Wesley (ou Alario) e Borré, fica equilibrado e com mais vigor no setor vital do time. É preciso ter coragem para mudar. Quem não tem coragem, não merece ser técnico do Inter.