A jornalista Juliana Bublitz colabora com o colunista Tulio Milman, titular deste espaço
Se ainda havia dúvidas de que a vacinação em massa era o caminho para a superação da pandemia do coronavírus, dados da Secretaria Estadual da Saúde mostram que isso é coisa do passado — ou, ao menos, deveria ser.
No gráfico abaixo — produzido a partir do cruzamento de informações do Painel Coronavírus RS (ti.saude.rs.gov.br/covid19) —, as linhas deixam claro que o número de vidas perdidas vem diminuindo à medida que a imunização avança. A tendência é visível.
Até o último dia 15, 93,1% dos gaúchos maiores de 18 anos haviam recebido ao menos uma dose e 71,1% tinham o esquema vacinal completo. Ainda que as aplicações não bloqueiem totalmente a doença, está comprovado que a imunização reduz o risco de evolução a quadros graves e mortes. Além disso, diminui a carga viral, dificultando a transmissão.
— Alguém ainda pode duvidar que vacina funciona? Difícil acreditar. As provas estão por todo lado. A ocupação dos leitos de UTI caiu, as pessoas que contraem o vírus agravam menos e a curva das mortes despencou. E isso ocorreu de forma paralela ao avanço da campanha de vacinação, que conjugou três fatores: a fé na ciência, que desenvolveu os imunizantes em tempo recorde, o senso de coletividade, já que vacina só funciona se muitos receberem, e a união de esforços entre Estado e municípios, que trabalharam e continuam trabalhando em parceria — resume a secretária da Saúde, Arita Bergmann.
Agora, o foco é atingir aqueles que ainda não tomaram a segunda dose e o reforço e reforçar a importância de seguir usando máscara e mantendo cuidados básicos. Como diz a secretária, "estamos quase lá". Se você não se vacinou, ainda dá tempo.