Uma decisão da Justiça estadual inaugurou um novo capítulo na novela do menino Matteo Jardim, o Teteo, que tem atrofia muscular espinhal e precisa de um remédio que custa mais de R$ 10 milhões e que só é produzido por um laboratório na Inglaterra.
O Tribunal de Justiça do Estado concedeu o efeito suspensivo à decisão que mandava o plano de saúde adquirir o medicamento, por entender que cabe à União, condenada em outra ação mais antiga na Justiça Federal, pagar a conta.
A boa notícia para Teteo e para sua família é que, mesmo sem obrigação, o plano de saúde depositou ontem R$ 11,4 milhões na conta do laboratório inglês e, com isso, garantiu que o remédio chegue a Porto Alegre no menor prazo possível. O pagamento só não foi feito antes por dificuldades burocráticas, que passaram por respostas lentas do vendedor aos trâmites cambiais exigidos pelas leis brasileiras.
A decisão do plano de saúde é garantir o atendimento a Teteo o mais rapidamente possível enquanto, paralelamente, discute na Justiça com a União, que se manifestou contrária à decisão que a incumbe do pagamento. Aliás, se Brasília tivesse entrado no esforço solidário para garantir a compra, ela provavelmente já teria sido feita, pelas facilidades e poder de barganha que o governo tem na arena internacional.