A aprovação da desestatização da Carris pela Câmara Municipal é boa para Porto Alegre. Mas essa decisão, por si, só diz pouco. Como a empresa será fatiada, vendida e que setores deixarão de operar estão no centro de novas polêmicas. Escrevi a frase a seguir muitos meses atrás: “Querer vender a Carris é fácil, difícil é achar quem queira comprar”.
Agora é que o jogo começa para valer. O modelo a ser aplicado para melhorar o transporte público é outro X da questão, ideia defendida de forma correta e contundente pelo colunista Paulo Germano.
Privatizar é meio, não fim. Por isso, os liberais do governo Melo devem manter atenção máxima: privatizações podem ser bem feitas ou mal feitas. Para quem as defende ideologicamente, melhor acertar na arrancada, já que a primeira experiência da gestão dará o tom da percepção da opinião pública. Acertar significa, no fim, melhor qualidade do serviço e tarifa mais baixa. Se não for assim, terá sido um fracasso.