Sou totalmente a favor de plebiscitos quando o assunto são estatais. Não para vendê-las ou para fechá-las, mas para abri-las. Já que o patrimônio é público, seria absolutamente lógico perguntar aos sócios se eles querem ou não investir em um novo negócio. E se uma estatal foi aberta sem a consulta aos seus verdadeiros donos, que também seja privatizada dessa forma, por uma decisão de um governo democraticamente eleito que será julgado, mais cedo ou mais tarde, pelas urnas.
Não é o fato de ser pública ou privada que faz de uma empresa eficiente, mas sim a forma como ela é gerida. A velocidade das transformações tecnológicas e mesmo dos hábitos de consumo exige, em determinados setores, uma agilidade que o poder público, infelizmente, não tem.
Então, deixemos que quem entende do assunto faça, sob regras claras e fiscalização pública, especialmente nos monopólios naturais, como fornecimento de água e esgoto, pelo que já pagamos. E vamos deixar o combalido Estado cuidar de saúde, educação, segurança e Justiça. Só assim, ele será forte.