Usando máscara e sem xingar ninguém, o presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que facilita a compra de vacinas no Brasil. É obrigação cidadã e profissional registrar, com alegria, essa mudança. E desejar que ela seja definitiva. E torcer para que o presidente não siga o conselho do filho sobre onde armazenar as máscaras.
Ao assinar a nova medida, Bolsonaro mostrou ao país um semblante sério e preocupado, mas seguro. Estava, enfim, com cara de presidente de um país machucado por uma pandemia.
Foi ver, mesmo que apenas por alguns instantes, um Bolsonaro sem bravatas, sem piadinhas grosseiras, sem paranoias. A mudança na coordenação da sua comunicação, anunciada nessa semana, pode ser um outro sinal positivo.
Gosto muito da frase de Nizan Guanaes, que não é petista, pronunciada logo depois da vitória de Dilma Rousseff na eleição presidencial: “Seria burrice torcer contra o piloto ( no caso, a pilota) do avião no qual estou dentro”. Vale o mesmo para Bolsonaro. Eleito democraticamente, deve ser respeitado, desde que dê motivos para isso. É o que aconteceu na quarta-feira.
Além da postura correta, Bolsonaro assinou uma lei importante. E prometeu que teremos 200 milhões de vacinas até o fim do ano. Conseguiu deixar de lado as picuinhas para agir como um presidente de verdade. Que assim permaneça e que se estenda para outras áreas, como a defesa da Amazônia, para que possamos reconhecer e elogiá-lo cada vez mais.