Existe um indicativo que merece mais atenção. O número de pacientes internados em UTIs é uma informação relevante, não resta dúvida. Mas o tamanho da fila é mais importante. Hoje, no começo da tarde, havia 171 pessoas esperando leitos de cuidados intensivos em Porto Alegre. Se fossem duas, ou três, a ocupação das UTIs – mais de 100%, na média- não seria tão dramática.
Antes de desafogar as UTIs, precisamos reduzir as filas. Para isso, é preciso frear a contaminação. Todo mundo sabe como, mas sempre é bom repetir: máscara, higiene das mãos, circular apenas o essencial, etiqueta respiratória. E vacina. Já existe a cura.
Se o governo federal é lento, cabe aos Estados, municípios, empresas, entidades e cidadãos reagir. Os defensores da liberdade individual alojados em Brasília deveriam ser os primeiros a defender a tese que as pessoas têm o direito a se vacinar e a buscar a vacina se quem deve fazer demora ou não faz.