O jornalista Caio Cigana colabora com o colunista Tulio Milman, titular deste espaço
O excesso de barulho em Porto Alegre tem sido uma reclamação constante de leitores de Zero Hora nos últimos meses. As manifestações de incômodo começaram com as motocicletas com o escapamento aberto. O problema ficou mais perceptível durante os meses de maior isolamento social, com menor movimento nas ruas, mas de mais circulação de motos pelo crescimento dos serviços de delivery, especialmente de comida.
Em seguida, apareceram queixas em relação a cães que latem insistentemente sem intervenção dos donos, aborrecendo vizinhos. Bem-humorado, um leitor chegou a comparar a situação dos latidos ao Pix, novo sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central: aconteciam 24 horas por dia, sete dias por semana.
Agora, começam a aparecer reclamações quanto à poluição sonora dos sopradores de folhas usados em condomínios, mas também na limpeza de espaços públicos, como praças. Além do ruído, há queixas sobre a poeira que levantam. Há municípios que já proibiram o uso de sopradores em certos dias e horários.