Logo depois que Nelson Marchezan não passou para o segundo turno, o badalado processo de impeachment contra ele foi se esvaindo. Não apenas juridicamente. Mesmo dentro da Câmara Municipal, ouviu-se mais de uma voz dizendo que o "castigo já havia sido suficiente". E assim, a fúria justiceira de uma parcela dos edis, subitamente, virou apenas alegria pela própria reeleição para mais quatro anos como vereador ou tristeza pelo tropeço nas urnas.
Desde o começo era óbvio que o impeachment era uma manobra politiqueira, orquestrada como vingança ou pela falta de tato interpessoal de Marchezan ou pelas suas ações de desmonte de alguns feudos de poder na prefeitura. A própria Câmara deixou isso claro quando conseguiu o que queria: enfraquecer o prefeito politicamente. Ilegal? Não. Transparente? Nem tanto.