Rodrigo Maroni protagonizou dois extremos da disputa eleitoral. Mesmo antes do debate da Gaúcha, na quinta-feira (12), eu já tinha decido escrever sobre o momento mais engraçado desses confrontos, protagonizado por ele na Bandeirantes. Quando teve tempo para fazer uma pergunta a João Derly, se limitou a dizer: “João, fala sobre o que tu quiser”. Durante a campanha, nada superou esse momento em termos de surpresa e riso. Até pela reação do João, que ficou estupefato. Maroni teve uma sacada criativa, porque desamarrou a lógica desse tipo de enfrentamento, jogando o oponente numa espécie de vazio da liberdade absoluta. Mas nada mais do que isso. Engraçado, mas raso de significado e conteúdo.
No outro extremo, o da tristeza, estão os ataques pessoais a uma oponente. Misturar vida privada com embate político, aqui no Brasil, é malvisto. Mas Maroni conseguiu ir além disso. Foi machista, agressivo e, paradoxalmente, ajudou Manuela D’Ávila ao colocá-la na posição de vítima. Notem que minhas opiniões aqui se restringem ao campo público da atuação de Rodrigo Maroni. Não o conheço pessoalmente, falo sobre o que vi.
De qualquer forma, o defensor dos animais, uma causa meritória e justa, sai da campanha com algumas dificuldades para lidar com representantes da espécie da qual faz parte.