Tulio Milman
Jair Bolsonaro disse ontem que o general Eduardo Pazuello ficará muito tempo na Saúde. Tudo leva a crer que sim. Depois de trocar dois ministros em um mês, o presidente encontrou um jeito criativo de evitar uma nova – e provável – crise. Ao deixar o segundo da hierarquia no comando da pasta, o presidente evita ter de demiti-lo. Bastará nomear um novo titular em caso de desavença, ciúmes ou indícios de falta de humildade, devolvendo Pazuello, sem traumas, ao cargo que ocupava antes. Seria uma boa ideia para o resto do governo: todos os ministros interinos, com menos poder e a lembrança permanente de que são ainda mais provisórios do que os desnecessários titulares.
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