A eleição desse ano será decisiva para Jair Bolsonaro. Não a brasileira, mas a americana. O destino de de Donald Trump é bem mais importante para o presidente brasileiro do que a escolha, aqui, dos novos vereadores e prefeitos.
A aliança entre Bolsonaro e Trump vai muito além das palavras. Se estende a posições conjuntas em órgãos internacionais e a acordos comerciais, inclusive na área militar. Carrega também o peso simbólico do apoio da maior potência do planeta. Mexer com quem tem amigos fortes é bem mais difícil.
Mesmo que não seja ruidosa, a posição dos EUA nos assuntos brasileiros é extremamente relevante. Basta olhar para o número de empresas americanas no país e a quantidade de empregos e de renda que geram. Se Trump se reeleger, Bolsonaro respirará aliviado. Se os democratas voltarem à Casa Branca, o presidente brasileiro pagará a conta pelo alinhamento incondicional com seu ídolo do norte. E, nesses casos, o preço costuma ser alto.