As comissões de graduação de cada curso da UFRGS decidirão sobre adiantar ou não as formaturas de médicos, enfermeiros, farmacêuticos e fisioterapeutas. O Ministério da Educação permitiu que estudantes dessas áreas comecem a trabalhar logo, com plenas atribuições e responsabilidades, antes do fim do semestre final do curso. Um registro emergencial seria fornecido e, com isso, milhares de novos profissionais se somariam ao esforço de combate à covid-19.
Maior universidade gaúcha, a UFRGS encara o tema com cautela. Se, por um lado, o país precisa de ajuda urgente, por outro é preciso cuidar para que a formação de quem estará na linha de frente esteja completa, evitando riscos para os pacientes, para as equipes de saúde, para a universidade e para toda a sociedade.
Consultado sobre o tema, o reitor, Rui Oppermann, afirmou que as decisões das comissões de graduação deverão ser respeitadas, cumpridos todos os trâmites internos de homologação. Existe a possibilidade de posturas diferentes diante do fato, com alguns cursos concordando com a antecipação da formatura e outros não. As decisões devem ser tomadas até amanhã.
Oppermann também confirmou que as aulas não serão retomadas pelo menos até 2 de maio. O reitor ressalta, porém, que a universidade não está parada, desenvolvendo uma série de iniciativas que se somam ao esforço de enfrentamento da pandemia.
– A academia tem um papel fundamental para que o governador e os prefeitos tenham sustentação científica para as decisões sobre as políticas de isolamento –, explica.