Estamos todos convocados a ficar em casa nos próximos dias. Com isso, consumiremos mais. Até semana passada, eu costumava almoçar no refeitório da RBS. Muitas vezes tomava café fora de casa e jantava em eventos ou com amigos. Não só eu, mas minha mulher e minhas duas filhas também.
Agora, praticamente confinados, mais do que dobramos o nosso consumo de comida, água, leite, papel higiênico e produtos de limpeza. São milhões de pessoas no Brasil que passam pelo mesmo. Então, pensemos duas vezes antes de criticar alguém com o carrinho cheio no supermercado.
Em boa parte dos casos, comprar a mais – sempre sem exageros – é um gesto correto de solidariedade, porque significa que aquela família vai mesmo se isolar e, com isso, fazer a sua parte para que o coronavírus não se alastre.
É fundamental separar as coisas nesses tempos de julgamentos sumários e implacáveis. Há sim os egoístas que querem levar vantagem ou os que ficam angustiados demais. Esses precisam de ajuda para repensar seu comportamento. Enquanto isso, pare de olhar automaticamente de cara feia para quem sai carregado do super. Na maioria dos casos, trata-se de um comportamento correto, cidadão e responsável. Ainda mais diante da garantia de que não teremos problemas de abastecimento.