A Lava-Jato já recuperou para os cofres públicos R$ 4 bilhões de reais, dinheiro devolvido ou retomado pela força de lei. Pouco se fala nisso de uns tempos para cá, mas o valor é assustador. E nos leva a uma pergunta: como é possível que Lula e muitos de seus aliados, petistas e de outros partidos, insistam na tese de que nada houve no Brasil ou de que nada sabiam? É como ter um elefante no quarto e dizer que nem notou.
Os R$ 4 bilhões são apenas os valores recuperados. A roubalheira na Petrobrás e na relação podre entre governo e empresas alcança, comprovadamente, muito mais do que isso. E ainda tem gente condenada e presa que se sente injustiçada. É muita cara de pau.
O problema atual da Lava-Jato é que seus protagonistas ficaram maiores do que ela. A começar pelo juiz Sérgio Moro, passando por procuradores e por outros agentes públicos que, antes, eram meio e não fim em si mesmos.
Quatro bilhões de reais é a ponta do iceberg. Uma ponta visível o suficiente para nos ensinar que devemos estar atentos à fiscalização do que os governos fazem com o nosso dinheiro, em vez de ficar batendo boca sobre quem tem razão, muitas vezes ninguém sabe direito sobre o quê.
Nem mesmo o presidente Jair Bolsonaro tem falado sobre a Lava-Jato, o que fazia frequentemente na campanha. Cadê aquele ímpeto? Cadê aquela vontade de limpar o Brasil? O que acontece com o ar dos gabinetes de Brasília? Ainda acho que misturam algum tipo de anestésico a ele.