Depois da transferência, durante a semana, de 18 detentos gaúchos para prisões federais, as autoridades continuam mobilizadas. São centenas de policiais trabalhando tanto no patrulhamento ostensivo de regiões potencialmente perigosas, quanto na coleta e análise de dados voltada à tomada de decisões que antecipem eventuais reações de organizações criminosas. Tecnologia e inteligência humana se combinam no monitoramento às áreas de influência dos criminosos levados para longe do Rio Grande do Sul.
O fato é que, até o fechamento desse texto, não haviam sido registradas reações por parte dos bandidos, que eventualmente tentam demonstrar poder publicamente quando são golpeados pela lei. A mesma integração que garantiu o sucesso nas etapas iniciais da operação continua, com troca de informações e contatos frequentes entre a cúpula da segurança. O recado do secretário Ranolfo Viera Júnior foi claro: a tolerância a possíveis reações da bandidagem será zero.
Originalmente, eram 33 as transferências pedidas pelo governo gaúcho, mas apenas 18 foram autorizadas por Brasília. O lado positivo é que ninguém sabe os nomes dos outro 15, o que deixa as cadeias e seus tentáculos mais cautelosos com a lupa colocada sobre a rede do crime.